O Movimento Ação Popular fez sua estreia no movimento estudantil secundarista nesta semana, após participar com bancada recorde do 19º Congresso da União Paulista de Estudantes Secundaristas. O Congresso, que aconteceu no campus da Universidade Estadual de Campinas, a UNICAMP, em São Paulo, reuniu mais de 800 estudantes secundaristas para debater a conjuntura nacional e os rumos da educação brasileira.
Historicamente dominada por partidos como o PC do B e o PT, a UPES viu crescer de maneira inédita a participação de estudantes associados a outros grupos políticos. Com 61 votos na Plenária Final, a chapa “Ação Popular” foi a grande novidade do Congresso, abrindo sua participação no movimento secundarista com uma votação recorde para grupos iniciantes.
A conquista do espaço, que inaugurou um novo campo político no movimento estudantil secundarista, atende à agenda política da pré-campanha de Geraldo Alckmin, pré-candidato a Presidente favorito para o pleito de outubro. Os secundas da AP aproveitaram os debates para incluir entre as propostas de consenso da Entidade ideias do programa de governo do tucano para educação.
“O governo federal é historicamente omisso quando o assunto é educação básica. Quando o Geraldo e o Cristovam Buarque levantam a bandeira da federalização voluntária do Ensino Municipal, atacam diretamente essa deficiência crônica do nosso modelo educacional. Por isso, lutamos e conseguimos que a UPES abraçasse medidas nessa direção”, explica Davi Rodrigues, Presidente do Grêmio da ETEC São Mateus e uma das lideranças do movimento.
“Viemos pra ficar. A crítica da oposição contra a gente simplesmente não cola. Eles tentam nos rotular como elitistas e playboys, mas 90% da nossa bancada é de periferia. Gente lutadora e trabalhadora”, afirma Marcos Teles, Presidente da UMES de Itaquaquecetuba e responsável pela maioria dos votos da chapa. “Aqui é o nosso lugar, viemos pra ficar.”
