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UMA BOA INFLUÊNCIA

Alunos ameaçam professores, professores assassinados na porta da escola, estudantes levam armas e drogas para a sala de aula… Esse tipo de acontecimento se repete com uma freqüência preocupante, principalmente nas periferias, e muitas vezes foge ao controle de pais, mestres e autoridades.

Numa sociedade cujos valores se invertem e na qual o respeito é assunto desconhecido, o que fazer” Atitudes positivas para restabelecer a ordem e apaziguar os ânimos são bem-vindas. A responsabilidade e o problema são de quem” De qualquer cidadão que entenda que não é possível sentar e assistir à desestruturação de gerações como mero espectadores.

Nem que seja pelo fato egoísta de um dia não querer ser vítima desses jovens que se perdem na desesperança, é preciso tomar uma atitude. Percebi preocupada que o fato de criar um projeto para instituir a entrada de “Deus” nas escolas estaduais de São Paulo entre os alunos do ensino fundamental gerou polêmica, quando não revolta.

De um lado, o apoio de quem entende que não se trata de imposição, mas sim da oportunidade de oferecer conceitos de respeito, esperança, fé e amor a uma geração amedrontada pela violência e pela impunidade.

Do outro, pais preocupados com “o que os filhos vão ouvir sobre Deus” Será que vão mudar os conceitos que temos sobre a religião que escolhemos””. Ora, seria muita pretensão de qualquer pessoa, ainda mais de um político, escolher uma religião para ser ensinada nas escolas.

“Deus na escola” não pretende catequizar ninguém. A intenção não é gerar ou estimular conflitos religiosos, muito ao contrário. A justificativa é clara quando estabelece o ensino religioso como área de conhecimento e resgate de princípios éticos e morais, como valorização do ser humano, respeito pela vida, convivência fraterna, democracia e integridade. Isso independe de religião, mas, sem dúvida, está ligado a uma crença de um ser supremo e criador e de um mundo perfeito e harmônico. Um Estado laico não significa um Estado sem Deus ou anti-religioso.

No preâmbulo da Constituição Federal de 1988, está escrito: “promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”.

O projeto não mexe de forma nenhuma na grade escolar. Portanto, não é correto afirmar que ele é inconstitucional. Um exemplo de que “Deus na escola” é viável está em Sorocaba, cidade onde meu marido, Renato Amary, foi prefeito por oito anos.

Um manual, cuidadosamente elaborado com a participação de representantes de vários seguimentos religiosos, é usado em escolas municipais com êxito e aprovação. Até hoje, felizmente, ninguém se queixou por saber que o filho está “aprendendo” sobre o valor da família e a importância do amor ao próximo.

Tentar impedir a entrada de “Deus na escola” é, no mínimo, um ato antidemocrático. Se vivemos a violência e a desestrutura de lares causadas por más influências e descaminhos, por que rejeitar a oportunidade “facultativa” de acesso a Deus”

Os pais ateus têm todo o direito de orientar os filhos, se assim o desejarem, a não freqüentar as atividades ligadas ao projeto. Assim como outros pais de qualquer religião o têm.

Sinceramente, não acredito em prejuízo algum para a criança, pois, hoje e sempre, Deus significará amor e paz. A correria do dia-a-dia serve de justificativa para muitos pais deixarem de lado o ensino de valores fundamentais às crianças.

Acredito em “Deus na escola”, assim como acredito numa mudança de atitude dos que, por preconceito, não aceitam a idéia. Acredito também que a nova geração, se bem influenciada, será importante instrumento de modificação da própria família -para o bem, é claro. Afinal, não poderia ser de outra forma, em se tratando de Deus.

Maria Lúcia Amary, 56, mestre em direito constitucional e administrativo, é deputada estadual pelo PSDB e líder do partido na Assembléia Legislativa de São Paulo. É autora do projeto “Deus na escola”

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