Ao término do segundo dia de análise dos recursos apresentados pelos réus do mensalão, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram os embargos de três dos quatro condenados que tiveram suas sentenças discutidas na tarde desta quinta-feira (15).
Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB condenado a seis anos e seis meses de prisão, com multa de R$ 858 mil; Roberto Jefferson, delator do esquema e ex-deputado do PTB, condenado a sete anos e 14 dias de prisão e multa de R$ 721 mil; e Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério na SMP&B, sentenciada a 12 anos, sete meses e 12 dias de prisão e multa de R$ 374 mil, tiveram seus embargos rejeitados.
Segundo o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, as penas estavam “devidamente fundamentadas”.
A sessão foi encerrada após divergências entre os ministros Barbosa e Ricardo Lewandowski quanto à dosimetria da pena aplicada ao ex-deputado Bispo Rodrigues, do PL (atual PR), condenado a seis anos e três meses de prisão e multa de R$ 754 mil.
Nesta quarta (14), o STF rejeitou pedidos de outros três réus, o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB, e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL.
Mensalão – O mensalão foi um esquema de compra de apoio político orquestrado durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ocorrido no ano passado, o julgamento resultou na condenação de 25 pessoas, entre elas do ex-ministro José Dirceu, braço direito de Lula, do ex-presidente do PT José Genoino, do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) e do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares.
Do PSDB Nacional
