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Demissões na GM revelam descaso do governo Dilma com os trabalhadores, critica Ramalho

Ramalho, deputado estadual e presidente do Núcleo Sindical do PSDB

O deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB-SP), presidente do Núcleo Sindical do PSDB, disse nesta quarta-feira (27) que a demissão de 598 funcionários da fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) revela a falta de compromisso do governo da presidente Dilma Rousseff com a classe trabalhadora. Para o parlamentar paulista, a retração de um dos setores que mais recebeu incentivos do governo nos últimos anos, muitas vezes ao custo das arrecadações estaduais, no caso da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), é causada pelo desgoverno que a gestão petista promoveu nos gastos públicos.

“O governo assumiu, há 12 anos, uma máquina nova em uma estrada nova, com um mastro muito fácil de dirigir. Fácil desde que o condutor saiba como fazer. Essa estrada foi dirigida pelo governo Fernando Henrique com sucesso, e hoje a máquina enguiçou. A estrutura não tem mais condições de continuar. Quebraram o país quando não equilibraram o preço dos combustíveis, a Petrobras está falida, com ações caindo absurdamente, e os trabalhadores não são considerados”, compara.

Ramalho acredita que os problemas gerenciais do Executivo afetam diretamente a renda do trabalhador. Além disso, a carga tributária cresce “estrondosamente” a cada dia, sem que nenhuma melhoria seja promovida na saúde, segurança e educação. “O que eu vejo é um governo que tem perdido o controle da administração do Brasil. Eles não têm limite para cobrar impostos. Enquanto isso, a área de qualificação está totalmente abandonada. Em Manaus, por exemplo, FHC investiu R$ 46 milhões em qualificação. Lula mandou R$ 4 milhões e Dilma, até agora, R$ 600 mil. O governo não investe nem lá, nem aqui e nem em lugar nenhum. O dinheiro é todo para pagar beneficiados. E o trabalhador fica ao Deus dará”, completa.

Ramalho criticou também a atitude da empresa General Motors. “Algumas montadoras no Brasil tem um compromisso de levar vantagem com a anuência do governo. Chegamos a uma situação em que o governo brasileiro despejou rios de dinheiro nas empresas, seja pelo financiamento de campanhas eleitorais ou outros motivos. Em 2007 e 2008, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) emprestou montes de dinheiro para as empresas, com juros a quase zero, e elas continuam demitindo. O trabalhador fica sempre em segundo plano, ele que é a base da economia”, argumenta.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, os empregados da GM em São José dos Campos foram comunicados da dispensa por meio de cartas. Em nota, o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, lamentou a postura adotada pela montadora, que teria a conivência da presidente Dilma Rousseff, “que sempre se mostrou benevolente com as empresas, mas nunca exigiu que assumissem um compromisso para garantir empregos e direitos aos trabalhadores”. O município é administrado pelo petista Carlinhos Almeida.

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