Início Notícias do PSDB Entrevista: Alckmin fala sobre política e ações de governo ao Uol/Folha

Entrevista: Alckmin fala sobre política e ações de governo ao Uol/Folha

O governador Geraldo Alckmin, participou do Poder e Política, projeto do UOL e da Folha conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. A gravação ocorreu nesta quinta-feira, 16 de agosto, no estúdio do Grupo Folha em Brasília.

Folha/UOL: Governador, muito obrigado por estar aqui, no estúdio do Grupo Folha em Brasília. Eu começo perguntando: O sr. está em Brasília porque vai assinar o acordo de ajuste fiscal com o governo federal, junto com outros estados também, que permitirá o aumento do limite de endividamento dos estados, inclusive de São Paulo. Por conta disso, qual o valor São Paulo poderá arrecadar mais de recursos, aumentar a sua dívida e onde serão investidos esses recursos?
Geraldo Alckmin: Olha, Fernando Rodrigues, quero cumprimentá-lo, cumprimentar todos os internautas do UOL, leitores da Folha de S.Paulo. E dizer que nós estamos assinando o chamado PAF, Programa de Ajuste Fiscal. Então, no ano passado, o PAF deu espaço fiscal de sete bilhões para o Estado de São Paulo. Ou seja, o governo pode captar sete bilhões de novos financiamentos. E este ano superamos o ano passado: dez bilhões de reais. Então, no ano passado e mais este ano, dá 17 bilhões de espaço fiscal.

Folha/UOL: E onde esse dinheiro vai ser investido no Estado de São Paulo?
Geraldo Alckmin: Ele vai ser investido especialmente em mobilidade urbana. E sobre trilhos. Então, 70% praticamente desse recurso é metrô. Novas linhas de metrô. Monotrilho. Por exemplo, a que vai para a Zona Leste de São Paulo, lá para a Cidade Tiradentes, que é uma grande obra. Sai de Vila Prudente, São Mateus, Sapopemba, vai até Cidade Tiradentes na ponta da Zona Leste. Trem. Só uma compra de trem que nós abrimos a licitação são 65 trens. Cada trem tem oito carros. Dá 524. Então, a grande parte é trem, CPTM, metrô, monotrilho, obras de saneamento e obras rodoviárias, por exemplo, a ligação de São José dos Campos, com Guaratatuba, com literal norte.

Eu queria destaca, Fernando Rodrigues, o seguinte: isto é resultado da grande disciplina fiscal, da forte disciplina fiscal do governo do Estado de São Paulo desde a época do Mário Covas. Então, nós tínhamos uma relação entre a dívida sobre a receita corrente líquida de 2,2 vezes. E hoje é 1,4. É o menor endividamento da série histórica, quer dizer, a dívida do estado está caindo. Por isso que abriu esse espaço fiscal. E quando a gente faz um financiamento no BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], no Banco Mundial, na Jica [Agência de Cooperação Internacional do Japão], no Japão, é 1% a taxa de juros ao ano, sem correção monetária.

Folha/UOL: Ou seja, muito vantajoso para o Estado. No caso do metrô, quando o sr. assumiu agora esse seu mandato atual, em janeiro de 2011, quantos quilômetros tinha em operação do metrô e quantos quilômetros haverá em operação em dezembro de 2014, quando o sr. termina este mandato?
Geraldo Alckmin: Olha, nós tínhamos em torno de 66, 67 quilômetros. Hoje tem 72 quilômetros. Eu espero com esta linha, que á a linha dois, empregar 30 quilômetros, que é a que vai para a Cidade Tiradentes. Então nós vamos para 102 quilômetros. E, em obras e canteiro, 90 quilômetros de metrôs. Em seis, sete anos, nós vamos para 200 quilômetros entre metrô e monotrilho.

Agora, vamos entregar muitas estações. Mas a gente não conta em quilômetro. Por exemplo, a linha amarela, a linha quatro do metrô, tem 12 quilômetros. Ela sai desde a estação da Luz, desce a Rebouças, passa pelo estádio do Morumbi, vai até Vila Sônia, divisa com Taboão da Serra. Os dois quilômetros estão prontos. Só que só estão operando seis estações. Eu vou entregar mais cinco estações no ano que vem e em 2014. Isso não está incluído na quilometragem porque os 12 quilômetros já estão inclusos. Hoje nós temos, Fernando Rodrigues, em São Paulo, quatro linhas de metrô em obras simultâneas. Nós temos a linha dois, que é da Zona Lesta, vai de Vila Prudente até Cidade Tiradentes. Temos a linha quatro, que é essa nova, da Luz, Vila Sônia, que é o trem mais moderno, não tem operadora, só sistema, que vamos entregar cinco estações. Temos a linha cinco, que está parada Santo Amaro e ela vai até Chácara Klabin. São mais 11 estações. E temos a [linha] 17, que é a do estádio do Morumbi. É o monotrilho, que sai do aeroporto de Congonhas, nós vamos ter o aeroporto ligado dentro dele com o monotrilho, até o estádio do Morumbi e Francisco Morato.

Folha/UOL: Recapitulando: no caso de metrô especificamente, são cerca de 30 quilômetros a mais, é isso?
Geraldo Alckmin: Nós vamos entregar 30 quilômetros a mais…

Folha/UOL: Até o final do seu mandato?
Geraldo Alckmin: Até o final do nosso mandato, 2014. Noventa quilômetros em canteiro e vamos entregar muitas estações. Quer dizer, não são só os 30 quilômetros porque, por exemplo, a linha 4 nós vamos entregar cinco estações. A linha cinco acho que só dá para entregar uma ou duas. Mas vamos deixar nove… Atrasou um ano. Vai entregar em 2015.

Eu diria que o metrô está num bom ritmo. Quatro obras simultâneas e nós poderemos ter sete obras simultâneas porque a linha seis vai ser licitada agora, é uma PPP. Aliás, estou indo ao ministro Guido Mantega porque foi feito uma Medida Provisória pela presidenta Dilma Rousseff, aliás, que nós insistimos muito para desonerar as PPPs senão elas ficam muito caras se você tributar 30% de imposto sobre a PPP. A Medida Provisória foi feita, está no Congresso Nacional, mas nós lemos a medida e verificamos que ela não desonera. Ela só posterga; Então vou pedir para essa medida ser aperfeiçoada.

Assista AQUI a entrevista completa.

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