Eles pertencem a um universo marcado pela presença das novas tecnologias, dominam as últimas ferramentas disponibilizadas pelos aficcionados do mundo digital. Embora estejam em busca de causas sociais para se engajarem, vislumbrem a ascensão no mercado de trabalho e a independência financeira de forma cada vez mais precoce, por outro lado, ainda demostram pouca sintonia com a política. É o que revela recente pesquisa de opinião feita pela Federação do Comércio do Rio Grande do Sul (Fecomércio), por meio da consulta a 800 jovens, em 31 cidades gaúchas, nascidos entre 1982 e 2000.
Os dados, divulgados em matéria do jornal Zero Hora, apontam que para 82,5% dos entrevistados, o maior desejo é a autonomia financeira, sinônimo de educação de qualidade e oportunidades de geração de emprego e renda. Ou seja, se o trabalho é essencial em suas vidas, a política ainda não ocupa o mesmo patamar. Segundo a pesquisa, mais de 90% dessa geração não se interessa por política.
Trata-se, sem dúvida, de algo preocupante. Afinal, a política faz parte da vida de cada um de nós. Somos, em tese, seres políticos. Vivenciamos a política nas mais diversas esferas, nas relações familiares, base de tudo, junto à comunidade, no ambiente de trabalho e na sociedade. A política permeia as relações humanas. Sem política, não teremos bons governos, nem a concepção e execução de projetos voltados à melhoria das condições de educação, saúde, transporte e segurança.
Estamos a poucos meses de comparecermos às urnas. Muito mais que um ato de cidadania, votar e depositar esse voto de confiança em um (a) candidato (a) que tenha mais afinidade com as questões políticas de uma comunidade, é fundamental para continuarmos a repisar as boas práticas.
Por isso, é preciso investir ainda mais na conscientização e na formação de nossos jovens, em mudanças de padrões de comportamento e atitudes para que eles tenham motivação e concebam a política como uma ferramenta fundamental de construção.
Em outubro, a previsão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que mais de um milhão de jovens votem pela primeira vez. Já o total de candidatos, com idade entre 17 e 24 anos, ultrapassa 17 mil jovens os quais pleiteiam vaga no executivo e no legislativo municipal.
Uma parcela significativa da sociedade, eleitores ou candidatos, que muito têm a acrescentar nesse processo reiterar a força da juventude num país que ainda carece de políticas públicas eficientes, capazes de promover mudanças e consolidar novos cenários.
Do PSDB Nacional