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Em entrevista, Paulo Alexandre mostra que está preparado para ser Prefeito de Santos

O candidato é o primeiro colocado nas pesquisas de intenção de votos

Nosso candidato à Prefeitura de Santos, Paulo Alexandre Barbosa concedeu entrevista ao Boq News, sendo o oitavo a participar do projeto Café da Manhã com os Candidatos 2012. Educação, Saúde, Habitação foram alguns dos temas abordados pelo candidato.

Leia a entrevista na íntegra:

Por que o Sr. quer ser prefeito?

Pelo amor que eu tenho por essa Cidade. Nasci aqui, cresci aqui, me formei aqui e quero trabalhar para construir uma cidade melhor para as próximas gerações. Preparei-me para este desafio ao longo da minha vida pública. São mais de 10 anos de atividades públicas, nos dois mandatos como deputado estadual. Acumulei experiência política com essas duas eleições e experiência administrativa nos cargos que ocupei no Governo do Estado, nas três secretarias onde trabalhei. Sinto-me preparado para assumir esse desafio de governar a cidade nos próximos anos.

Qual é a bandeira da campanha?

Construir uma cidade para todos, com mais justiça social, com mais oportunidades para as pessoas que vivem aqui. Esse é o meu maior objetivo. Fazer com que as pessoas que vivem no município possam crescer junto com Santos e ter a sua vida melhorada.

O grande desafio é aliar a expansão econômica à qualidade de vida?

Sem dúvida, até porque crescimento sem qualidade de vida não é crescimento. Nós precisamos, de fato, ter esse desenvolvimento, preservando o nosso maior patrimônio, que é a qualidade de vida do santista. Qualquer crescimento que exclua o cidadão da sua própria cidade não é interessante. Então é importante que o cidadão santista cresça junto com a Cidade e, para isso, é fundamental que ele tenha oportunidades de moradia. Milhares de pessoas estão vivendo em condições subumanas. São mais de 40 mil pessoas, 12 mil famílias. Precisamos diminuir essas desigualdades sociais para que o cidadão possa ter esse crescimento junto com a Cidade.

Como  o santista pode  usufruir deste momento de desenvolvimento e não ficar à margem  dele?

Em minha opinião, o maior desafio é a qualificação. Precisamos investir na educação, desde a creche até a universidade para que o santista possa se preparar para aproveitar essas oportunidades que vão surgir no mercado de trabalho e também para empreender e desenvolver o próprio negócio. A educação é a base do nosso desenvolvimento para que as próximas gerações possam viver numa terra com mais oportunidades. É muito triste ver o santista que nasce aqui, criado aqui, ter que sair da Cidade em busca de uma oportunidade. Nós temos tudo para fixar o santista na nossa Cidade e esse desafio começa já, porque os resultados da educação não aparecem de um dia para o outro: eles aparecem a médio e longo prazos. Então, é preciso plantar imediatamente para que a gente possa colher num futuro próximo.

Segundo pesquisa da Enfoque/Boqnews, para 42% dos santistas a área que  deve ser priorizada pelo próximo prefeito é a saúde. Como o sr.  analisa esse dado?

É o que a gente sente nas ruas: uma enorme preocupação da população com o sistema público de saúde e precisamos avançar neste tema. É um grande desafio. A saúde de Santos concentra uma grande demanda dos municípios da Baixada Santista. A nossa proposta é fazer funcionar 100% do Hospital dos Estivadores. A aquisição foi uma decisão acertada da Prefeitura, um investimento importante, mas o maior custo não é para a compra do prédio, mas para a sua manutenção. A estimativa é de que esse hospital, para funcionar em sua plenitude, custe R$ 5 milhões/mês. Então vamos buscar recursos para o custeio junto aos governos Estadual e Federal. Como deputado, pude trabalhar para viabilizar R$ 25 milhões do Estado para a reforma. R$ 10 milhões já foram depositados na conta da Prefeitura. A outra parte, R$ 15 milhões, serão liberados assim que a Administração prestar conta do valor já liberado. O desafio é o custeio, para que a gente possa abrir com mais de 240 leitos. Isso vai aliviar o sistema, a sobrecarga que hoje existe nos prontos-socorros. O tempo de espera nas Unidades de Saúde é  grande e com o Hospital dos Estivadores em funcionamento, a gente vai diminuir a sobrecara no atendimento, garantindo mais agilidade. Ainda na questão da saúde, o nosso objetivo é fazer um atendimento mais humanizado, seja para o usuário, que tem que ser atendido em condições melhores no equipamento público de saúde, seja para o próprio funcionário, que tem que ter melhores condições para dar o tratamento adequado ao usuário. A gente vai ter uma política de valorização para que a gente possa avançar na qualidade do serviço na área da saúde na Cidade.

Um dos seus  projetos  chama-se alvará fácil para novos negócios, além do SIL –  Sistema  Integrado de Licenciamento. Como funcionará?

A ideia é desburocratizar a administração pública. O Poder Público, às vezes, não oferece as respostas necessárias para a iniciativa privada com agilidade, eficiência e rapidez. Queremos desburocratizar e responder de forma mais rápida ao empreendedor, aquele que deseja investir na cidade. O SIL é um projeto do Governo do Estado integrado com o Governo Federal para que num balcão único o cidadão possa acessar todas as demandas necessárias para ele abrir o seu próprio negócio. A prefeitura precisa se integrar a esse sistema. A Administração assinou um termo para participação no SIL, mas é preciso fazer alguns ajustes para que entre em funcionamento.  Nós vamos utilizar a tecnologia da informação para que os procedimentos possam ser realizados pela Internet para que o munícipe ganhe mais agilidade.

Hoje, um dos principais problemas da Cidade  é o trânsito. Na sua opinião, Santos caminha  para o rodízio?

Existem várias outras medidas que precisam ser tomadas antes de se pensar no rodízio. Hoje, Santos tem mais de 285 mil veículos emplacados, uma  das maiores médias de veículos por habitantes do Brasil. Além disso,  tem mais de um quarto da população da Baixada Santista e concentra quase 50% dos empregos gerados na região. Isso significa que temos, diariamente, a circulação de veículos de outras cidades. A média diária de emplacamentos de veículos novos em Santos é de 18. Qual o caminho? Nós precisamos, para melhorar o trânsito, retirar os veículos da rua e isso só vai acontecer quando tivermos um transporte público de qualidade. O fato é que o santista, hoje, não vai se estimular a deixar seu carro em casa para andar no transporte que nós temos. O principal é investir no VLT, projeto do Governo do Estado que está em andamento em parceria com a prefeitura, um transporte público rápido, limpo, seguro e eficiente, com hora marcada. É um novo paradigma de transporte público para a região. E, com isso, desenvolver políticas para que o cidadão possa deixar seu veículo em casa e usar o transporte coletivo de qualidade. Nós temos outras medidas que são importantes, como a sinalização semafórica. Inclusive neste trecho do VLT será trocada toda a sinalização para haver uma sincronização maior com a cidade e com o próprio veículo, o que vai certamente garantir a fluidez do trânsito da nossa Cidade.

O que o sr.  pensa para eliminar os gargalos que  se  formam  na Cidade?

Há muito tempo que não se faz uma intervenção concreta no acesso à cidade e hoje nós estamos vivendo a consequência de um problema que há muito tempo se discute e até hoje não saiu a obra. Vejo que existe a necessidade de uma ação conjunta do Governo Federal, porque hoje a questão desta etapa da Perimetral que deve ser feita vai desafogar muito o trânsito na entrada da cidade. Nós vemos filas de caminhões que se formam naquele local por causa do acesso ao porto. Essa nova etapa da Perimetral, que inclui também o mergulhão, vai garantir a fluidez de quem acessa o porto, principalmente agora, que nós vamos ter um novo terminal em operação no final do ano. O Governo do Estado está desenvolvendo uma intervenção lá no Polo de Cubatão, e, agora, a próxima etapa tem que ser em caráter imediato na entrada de Santos. Existe um estudo que foi feito pela prefeitura, apresentado ao Governo Federal e que, certamente, contará com a colaboração do governo estadual. Minha solução para esse problema é o seguinte: vamos buscar recursos no Estado, na União e, se necessário for, vamos buscar recursos internacionais para fazer essas ações. Meu compromisso é tirar essa obra do papel.

O túnel  ligando as zonas Leste e Noroeste é viável?

Viável. Evidente que o projeto, da maneira que está, precisa ser adaptado, pois tem muito tempo. A licitação foi feita há mais de oito anos e a obra não foi feita. Então, é natural que tenham sido construídas habitações e projetos no traçado deste túnel. Esse projeto precisa ser realinhado, mas é uma obra importante que precisa ser feita para integrar essas duas regiões de Santos. Nós vivemos hoje numa cidade que tem realidades distintas e é fundamental que a gente possa promover essa integração. Essa obra será feita no nosso governo.

O que fazer para melhorar o transporte público sem reajustar  a tarifa?

Deve-se ampliar a fiscalização na concessionária, rigor absoluto, para que tenha a diminuição no tempo de espera, pois o cidadão ainda demora muito tempo no ponto de ônibus para poder utilizar o transporte coletivo. Nós vamos acabar com a dupla função. Não é possível que o motorista tenha que fazer o papel de cobrador, isso é inadmissível. É ruim para o usuário, que tem um atendimento de pior qualidade, para o motorista, que fica sobrecarregado e estressado, e para o trânsito, pois, enquanto o motorista está cobrando, o trânsito fica parado, formando filas. Essa vai ser uma medida para melhorar a qualidade.

Outra questão que incomoda o santista é a segurança. Como prefeito, quais medidas preventivas adotará ?

(A Prefeitura) Pode colaborar de várias formas. Essa é uma responsabilidade compartilhada, é importante que o município possa fazer a sua parte. Hoje a utilização de tecnologia no combate à violência, com medidas de segurança, é uma ação que vem dando certo em vários lugares do mundo e Santos precisa avançar muito neste tema. Então, teremos monitoramento em vídeo em todos os bairros da cidade. Esse é um compromisso. Fortalecer e valorizar a Guarda Municipal de Santos, que cumpre uma tarefa extremamente importante e implantar a operação delegada. Hoje ela já funciona com muito sucesso em São Paulo para que a gente possa ampliar a presença dos policiais nas ruas, policiamento nos bairros e nas regiões que têm mais necessidades. Isso vai ser fundamental. E o aspecto preventivo é primordial. A gente consegue trabalhar a questão da segurança com educação, políticas sociais e saúde, que são fundamentais e a base para que o cidadão possa se desenvolver. Confio muito nisso. Hoje a gente tem uma realidade de que mais da metade da população carcerária do Estado é formada de jovens com até 27 anos. Então, é fundamental que a gente possa construir uma terra de oportunidades para que esses jovens não caminhem para o lado negativo, da violência e droguista, e é fundamental que o Poder Público possa fazer a sua parte, atuando na base, nas famílias e na educação.

As minicracolândias se espalham pela Cidade. O que fazer para a prevenção e tratamento dos usuários?

No nosso governo, temos o Dr. Eustázio (Pereira), candidato a vice-prefeito, que é especialista neste tema. Tem uma trajetória de políticas de combate às drogas e recuperação de dependentes químicos. Então, nós vamos trabalhar para resolver essa questão que hoje afeta a sociedade. É importante que o Poder Público possa dar retaguarda para fazer o tratamento destas pessoas. Isso é essencial. A prefeitura tem convênios com três entidades, cada uma oferece 10 vagas. É pouco perto da necessidade do município. Nós vamos ampliar as vagas e criar o Centro de Reintegração Social para o Dependente Químico, um equipamento para tratar o dependente químico, com uma política integrada, de saúde, área social e qualificação do trabalho para que a gente possa cumprir todas as etapas e reconduzir o dependente à sociedade. E  o mais importante é que nós vamos também cuidar da família, pois ela fica doente com a presença de um dependente. Os pais não sabem lidar com essa situação. Vamos trabalhar no sentido de tratar o dependente químico da forma que ele deve ser tratado.

Como o sr. vê a relação da cidade com o porto?

Esse é um tema que precisamos avançar bastante. Valorizamos aquilo que foi feito, mas é preciso avançar. As cidades têm uma participação direta nas gestões dos grandes portos do mundo. É assim que deveria ser em Santos. Ter uma participação direta na gestão do porto, na tomada de decisões. E não deixar isso ficar centralizado no Governo Federal. Não tem sentido o Porto de Santos, o maior da América Latina, que fica no Estado de São Paulo, e os governos municipal e estadual não terem gestão direta. A participação da União é fundamental, mas ela deve ser compartilhada, até porque os acessos ao porto são de responsabilidade do Governo do Estado. A ação integrada e a gestão compartilhada são ideais para avançar nesta questão. E do ponto de vista do Porto, cuidar daquilo que  é o seu maior patrimônio, que são os seus trabalhadores. A Lei de Modernização dos Portos mudou o perfil dos trabalhadores portuários e, hoje, ele deve ter outras habilidades. Cabe ao município, junto com a autoridade portuária e as empresas, oferecer oportunidade de qualificar e requalificar o trabalhador para este novo momento e às novas habilidades que o mercado exige, para que ele não fique de fora deste processo, possa se atualizar e ter vaga garantida no mercado.

O Santos Novos Tempos será concluído no próximo mandato. Como  o sr. avalia a execução do projeto?

As boas iniciativas deste governo serão melhoradas no nosso. Nós vamos avançar e acelerar, pois a população da Zona Noroeste pede respostas rápidas em relação a esse projeto, como as obras de drenagem e macrodrenagem, e as habitacionais. Hoje, especialmente na questão da moradia, temos vários projetos em andamento e que caminham a passos lentos em função de regularização fundiária e liberação ambiental.  A nossa proposta é estabelecer um pacto com a moradia, uma ação articulada da prefeitura, do seu corpo jurídico, com o Ministério Público, com a Cetesb e  os  órgãos envolvidos, para dar mais agilidade. Programas habitacionais não faltam. Há o Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, a Casa Paulista, do Estado, mas a prefeitura precisa fazer a sua parte, que é disponibilizar áreas desimpedidas em condições de realizar esses projetos e, para isso, tem que ser feito um grande esforço para eliminar esse burocracia. Por isso, vamos trabalhar forte para entregar essas áreas para que os projetos possam ser feitos. Vamos acelerar e oferecer essas respostas com mais rapidez para a população. É uma situação extremamente delicada, pois não precisa mais chover para que as pessoas fiquem submersas, basta a maré subir. Nós vamos trabalhar para ter mais rapidez nestas respostas.

A cidade tem poucas áreas à disposição. Pensa em desapropriações?

Sem dúvida, questão das moradias tem que ser prioridade. Não podemos viver numa cidade com moradores em condições sub-humanas e degradantes. Moradia é sinônimo de dignidade. Vamos enfrentar esse problema com energia e resolver. Vamos mudar o Plano Diretor da cidade, fazer uma discussão profunda, para que os empreendimentos possam ser feitos não só concentrados em determinadas regiões, mas espalhados em toda a cidade, Vamos aplicar o estatuto da cidade para que tenhamos mais áreas disponíveis para moradias.

O que fazer para sanar a questão da distribuição das vagas nas creches?

É um estudo detalhado da demanda. Avançou-se neste tema, é importante se reconhecer isso, mas ainda há muito a ser feito, pois ainda há centenas de mães que não têm o seu filho em creche. Então nós vamos fazer um estudo detalhado desta demanda, principalmente na Zona Noroeste, que é a região da cidade que tem a maior necessidades para construir novas unidades de creches para as crianças terem atendimento integral.

Pais reclamam da falta de professores nas salas de aula…

O grande desafio é melhorar a qualidade do ensino e, para isso acontecer, temos que valorizar o educador com melhores salários. Santos fica atrás de vários municípios da região quando se fala em salários de professores e nós precisamos avançar neste tema e também na formação continuada. Vamos implantar, no nosso governo, a formação continuada, incluindo os custos dos professores, pagando mestrado e doutorado. Para dar uma boa aula, o professor precisa estar cada vez mais preparado. Nós vamos trabalhar na formação de excelência do professor, utilizar a tecnologia, disponibilizando computador para o professor. Registrar a frequência dos alunos com a questão da biometria e utilizar a tecnologia como fator para melhorar a qualidade da educação. Vamos trabalhar cada vez mais para aproximar a família da realidade escolar dos seus filhos, ampliar a jornada escolar dos alunos, a educação em tempo integral, se não na escola, mas com entidades parceiras para que possa ser ampliado seu tempo de educação durante os dias. Os grandes países do mundo têm oito, nove horas de ensino diário. Então, precisamos avançar nisso.

Os idosos representam 19% da população santista. O que projetar para esta área?

Vamos fazer um centro de Referencia para o Idoso aqui em Santos com atividades na área da educação, saúde, esporte, qualificação para o trabalho. O pessoal da melhor idade tem muito que oferecer pra cidade com sua experiência e, sendo qualificado, terá muito mais a oferecer à nossa cidade e aos nossos jovens. Esse centro de referência vai ser uma parceria com o governo estadual. Ele já funciona na Capital. Outro aspecto importante é em relação à conservação da cidade. A gente tem visto muitos acidentes nas nossas calçadas de idosos que caem, sofrem acidentes que são delicados para esta faixa de idade. Então nós vamos ter um projeto chamado Calçadas para Todos, para que a gente possa ter uma padronização das calçadas da cidade, e que a prefeitura possa assumir a conservação das calçadas, pois nós precisamos ter isso muito melhorado para a população e principalmente para os idosos. Termos as linhas-guia, para orientação; calçada ecológica, para aumentar as áreas verdes da cidade.

Na maior parte do ano de 2011 as praias de Santos ficaram impróprias para banho. Como trabalhar para aprimorar esta questão?

Um dos grandes fatores geradores da poluição é justamente a limpeza dos canais, as fezes dos animais, lixo, a chamada poluição difusa, que quando chove, leva todo esse lixo para o mar. É um trabalho, de um lado, de educação ambiental, com a população, para mostrar os prejuízos que isso causa, para conscientizar, seja do ponto de vista de saúde pública quanto do próprio turismo. E um trabalho em busca de ligações irregulares nos canais, em parceria com a Sabesp, fundamentalmente, neste processo. Ampliar os projetos que existem hoje para que a gente possa ter uma praia com condições melhores.

Santos foi escolhida para ser subsede da Copa do Mundo de 2014. Acredita que a estrutura turística da cidade está pronta para o evento?

Nós precisamos nos preparar para esse momento, seja com  a modernização de equipamentos da nossa cidade, como,por exemplo, a rodoviária. Nosso programa de governo contempla a construção de uma nova rodoviária, que hoje é um equipamento antigo e não atende essa demanda, tanto os turistas quanto os santistas que usam a rodoviária diariamente para ir ao seu trabalho. Vamos investir na qualificação, o que é fundamental. Precisamos preparar os setores da nossa cidade, oferecendo cursos que podem até serem rápidos na qualificação de taxistas, pessoas que trabalham a área de serviços, garçons. Além disso, aproveitar esse momento da Copa para que possam render dividendos que fiquem além da Copa no nossa cidade. Obras de infraestrutura, conquistas que possam ser permanentes para a cidade.

A figura do seu pai é lembrada na sua campanha. Ele foi o último prefeito da época da intervenção militar. Teme que os adversários possam usar  o fato para atingi-lo?

Tenho muito orgulho da história do meu pai. Ele serviu a cidade em um momento em que a regra era essa e foi o responsável pela transição para que Santos pudesse ter eleições diretas. Foi um político democrático, tanto  que a população reconheceu isso e o elegeu três vezes para a Câmara Municipal, com votações expressivas. Inclusive, foi escolhido por todos os seus pares para ser presidente da Câmara. Então, vejo que ele fez o trabalho dele nas condições daquele momento. Temos hoje outros desafios. A cidade respira outros ares, frutos da luta de pessoas que colaboraram para esse momento, e ele me preparou, como pai, para viver na democracia. Não me preocupo com isso. Estamos aqui para discutir propostas futuras para a Cidade.

Você tem sofrido diversos ataques dos seus adversários. Pretende recuar a embates diretos, até para se preservar?

O povo santista é politizado e inteligente, amadurecido e não se deixa influenciar por colocações que não correspondam a verdade. É importante que a população saiba fazer o juízo de valor de cada candidato, sabe comparar cada um daqueles que estão pleiteando. Propus-me, desde o início, a fazer uma campanha propositiva. O cidadão quer saber como os problemas da cidade serão resolvidos. Se os adversários baixarem o  nível da campanha, nós temos a justiça eleitoral que já vem tomando decisões em relação a determinados candidatos. Confio na justiça eleitoral e no povo santista.

Seu partido, o PSDB, faz oposição ao governo Dilma. Como será sua relação com o planalto?

Será excelente, como foi quando fui secretário de desenvolvimento social, que integramos os programas do estado e da união, quando fizemos um cartão único do estado e da união. Fiz esse trabalho junto com a ministra Teresa Campello e hoje o Renda Cidadã e o Bolsa Família tem um cartão único. Na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, fizemos uma grande parceria com o Governo Federal para reduzir a burocracia para a abertura de empresas em São Paulo. Estou acostumado a fazer grandes parcerias com a união e, como prefeito, não será diferente. Ninguém governa sozinho. O município não tem capacidade financeira para fazer as grandes obras e nós vamos buscá-los onde for. Serei prefeito de uma cidade, não de um partido político.

 

 

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