Outubro é o mês de eleição no Brasil, a cada dois anos, mas é também o mês internacional da luta de prevenção contra o câncer de mama, o chamado “Outubro Rosa”, referenciado em todo o mundo. O símbolo universal dessa data é a fita rósea.
No Brasil, mesmo com as atividades da eleição municipal do dia 7 próximo, o PSDB-Mulher, governos estaduais e municipais tucanos, associações e entidades de classe farão diversas ações para registrar a passagem desse mês tão importante para as mulheres.
Isso porque a prevenção do câncer de mama é fundamental, essencial, para que a doença seja combatida e a mulher consiga sobreviver muitos anos sem esse mal.
Segundo estatísticas mundiais, se esse tipo de câncer for diagnosticado cedo, a sobrevida média após cinco anos é de 61%, taxa que sobe para 85% em países com medicina mais avançada. O câncer de mama é, também, o segundo tipo da doença mais frequente no mundo, respondendo por quase um quarto de novos casos registrados, porém é que mais acomete as mulheres, inclusive no Brasil.
No Brasil, o câncer de mama responde por 27% do total do tipo dessa doença. Infelizmente, as estatísticas também apontam para um crescimento contínuo da doença, acompanhando uma tendência mundial, especialmente entre mulheres com mais de 35 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A estimativa oficial é a de que, somente neste ano, cerca de 53 mil mulheres serão diagnosticadas como portadores da doença. O quadro ainda se torna mais grave quando se sabe que a maioria dos casos é identificado tardiamente, o que reduz a expectativa de vida – morrem, por ano, cerca de 12 mil de brasileiras e 150 brasileiros (os homens também contraem a doença).
Para reverter esse quadro ainda falta muito. O governo brasileiro não dispõe de efetivas políticas públicas voltadas para a prevenção e ao combate ao câncer de mama. Falta divulgação de ações preventivas, de campanhas institucionais permanentes, e de uma infraestrutura primária de atendimento – seriam necessários, no mínimo, 375 centros de atendimentos, bem distante dos atuais 264 unidades existentes.
Os dados já publicados de um relatório do Tribunal de Contas da União são dramáticos: apenas 46% das mulheres que precisam de cirurgias oncológicas são atendidas a tempo pelo SUS. No Brasil, a primeira sessão de terapia ocorre, em média, 113 dias após o diagnóstico, enquanto nos países mais avançados a espera é de 30 dias.
Enquanto o governo brasileiro não age, o aconselhável é o exame clínico anual para mulheres com mais de 40 anos e o exame mamográfico, a cada dois anos, para aquelas com idade de 50 a 69 anos. Para mulheres do grupo de risco (histórico familiar da doença, lesão mamão proliferativa) a recomendação é realizar esses dois exames anualmente, depois dos 35 anos.
Mas o “Outubro Rosa” é um momento de nos conscientizarmos e a eleição municipal é um momento único, ímpar para escolhermos candidatos e candidatos realmente comprometidos com a Saúde da mulher, com a saúde de todos. Portanto, no dia 7 vote em um (a) candidato (a) tucano (a), que sempre está comprometido (a) com essa luta. Vote 45!