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Administração pública sociedade conhecida

Carlos Roberto de Campos

Percorrendo diferentes bairros de Guarulhos na última semana, constatamos mais uma vez que a administração do PT – depois de 12 anos – não evoluiu em nada no sentido de governar para as pessoas. Diferente disso, a única coisa que a companheirada faz é se especializar na triste artimanha de utilizar recursos públicos, que deveriam ser voltados à população, para se perpetuar no poder. Em vez do social, vale mais promover negócios que rendam altas comissões que, invariavelmente, são utilizadas para atneder interesses do partido e de seus integrantes.

Não precisa ir longe. Basta uma volta pelos equipamentos esportivos de Guarulhos para perceber o total estado de abandono em que se encontram. Fioravante Iervolino, Thomeozão, João do Pulo, Ponte Grande estão largados, sem manutenção, sem o mínimo de condições para serem utilizados por nossos esportistas que, outrora, trouxeram ao município grandes glórias.

Mas por que o PT faz isso? Não é porque eles não gostam de esportes. É porque eles não estão nem aí com os prédios municipais já construídos por um simples motivo: construir novos rendem muito mais negócios do que reformas ou manutenção. Não dá para inaugurar um ginásio antigo reformado. Mas dá para fazer uma grande festa, contratando artistas a peso de ouro, para anunciar um novo empreendimento que acaba custando muito mais do que o valor real.  Fora os outros interesses que rendem mais.

Os CEUs são ótimos exemplos de como se promovem tantos negócios à custa do povo. Os centros de educação se configuram como ótimas peças de propaganda. Afinal, oferecem praças esportivas, piscinas e recreação para uma população carente de tudo. Mas e a educação – o fim maior dessas construções faraônicas – onde fica? Continua relegada a planos posteriores. Uma criança prefere ir para a piscina do que para sala de aula, óbvio. E os investimentos em professores, auxiliares e material didático, para onde deveria ser canalizado os 25% do orçamento municipal para a Educação, não são priorizados.

Frise-se que não há de nossa parte nada contra os CEUs, mas desde que eles cumpram suas funções educacionais prioritariamente. Da forma como é conduzida a Educação hoje em Guarulhos, onde o negócio vem em primeiro lugar, prevalece a política de pão e circo, como se isso bastasse à população. Guarulhos precisa – e merece – muito mais.

 

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