“A Comissão de Ética Pública é um instrumento do Estado brasileiro, não de um governo. A Comissão não existe para agradar a presidente da República ou algum ministro de Estado”. A afirmação foi feita pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), ao falar sobre a renúncia do ex-ministro do STF, Sepúlveda Pertence, da presidência da Comissão de Ética Pública. Para Aécio, a renúncia de Sepúlveda evidencia a forma como a presidente Dilma Rousseff “enfrenta aqueles que têm posição diferente dela”.
Sepúlveda Pertence pediu seu desligamento da Comissão de Ética Pública da Presidência na última segunda-feira (24). O presidente da Comissão teria mandato até o fim do ano que vem, mas se mostrou insatisfeito com a decisão de Dilma Rousseff em trocar os conselheiros Fábio Coutinho e Marília Muricy. Ambos poderiam ter seus mandatos renovados, mas a insatisfação da presidente com relatorias dos dois fez com que ela os substituísse.
Em Recife, onde participou de ato de campanha do candidato tucano a prefeito da cidade, Daniel Coelho, o senador Aécio Neves lembrou que os dois conselheiros afastados por Dilma tomaram decisões contrárias aos interesses do governo. “Parece que não foi essa a interpretação que deu a presidente, no momento em que mostra a sua contrariedade, fugindo à lógica natural de recondução de dois membros que incomodaram ao governo”, disse o senador tucano.
Da Liderança do PSDB no Senado