Por João Doria.
Modelo atrai investidores na busca por um ciclo virtuoso de prosperidade.
Desde o advento das privatizações no Brasil, nas bem-sucedidas gestões presidenciais de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) nos anos 1990, especialistas de diferentes escolas econômicas se debruçam para debater os melhores modelos para que o Brasil possa se desenvolver de forma plena. Vale um voto de louvor a Michel Temer (MDB) pelo esforço feito na redução do tamanho do Estado. Hoje, com mais de duas décadas de experiências de parcerias entre poder público e iniciativa privada, é possível comprovar que um Estado mais enxuto se torna mais eficiente na gestão e menos desigual na condução de políticas públicas.
Ousadia, criatividade e inovação na administração pública permitem que governos transformadores façam mais para a população. Sobram recursos para serviços essenciais como saúde, educação e habitação popular. Ao mesmo tempo, um Estado enxuto e responsável consegue atrair investidores dispostos a atuar em áreas que geram empregos, renda e impostos, levando a sociedade a um ciclo virtuoso de prosperidade. Menos Estado e mais privado. Mais ações e menos promessas.
Foi assim na Prefeitura de São Paulo, quando a gestão iniciada por mim e concluída pelo amigo Bruno Covas (PSDB) conseguiu implementar a desestatização de equipamentos como o complexo do Anhembi, o estádio do Pacaembu, o vale do Anhangabaú, o parque Ibirapuera e os cemitérios. Sucessor de Bruno, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) manteve de forma correta os planos que iniciamos em 2017.
Equipamentos públicos que recebem grandes investimentos privados e modernizações beneficiam a população e poupam governos de fazer o que não teriam condições de executar. E também geramos milhares de empregos que não existiriam sob o comando da gestão pública. O município recebe contrapartidas financeiras e outorgas das concessionárias para investir em mais salas de aula, mais vagas em creches e mais atendimento no SUS. É uma proposta de gestão em que todos ganham.
A partir de 2019, tive a oportunidade de levar esse modelo para o âmbito estadual. Ao lado de uma equipe de excelência comprovada, nossa gestão, com participação de Rodrigo Garcia (PSDB), teve coragem para ir ainda mais longe nas parcerias com a iniciativa privada. Na mais ambiciosa, São Paulo iniciou a vacinação contra a Covid-19 em todo o país graças aos esforços do governo estadual e do Instituto Butantan. Foram 124 milhões de doses que salvaram milhões de vidas no Brasil. E, com investimento inteiramente privado, entregamos uma nova fábrica de vacinas ao Butantan. A mais moderna fábrica multivacinas do hemisfério sul.
A visão liberal trouxe progresso para São Paulo. Em pouco mais de três anos, 12 novos projetos de concessões e parcerias público-privadas ofereceram R$ 45 bilhões em investimentos em setores de logística, transportes, turismo e meio ambiente no estado de São Paulo.
Implementamos a revitalização de parques como Zoológico, Horto Florestal, Villa-Lobos, Água Branca e Caminhos do Mar, e até iniciativas mais ambiciosas, como a retomada das obras da linha-6 laranja do metrô e a concessão rodoviária do lote Piracicaba-Panorama. Ou ainda o leilão de 22 aeroportos regionais e a concessão da antiga Usina da Traição, no rio Pinheiros, que passou a se chamar Usina SP e será um grande polo de turismo na capital paulista.
Provamos que um governo liberal melhora a qualidade do serviço público e a vida das pessoas. O mesmo governo que promoveu privatizações e concessões também criou a maior iniciativa social e de transferência de renda da história de São Paulo por meio do programa Bolsa do Povo. Um bom governo incentiva a livre iniciativa, sem deixar de lado a busca pela excelência em serviços essenciais, a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável.
Com criatividade e eficiência, gestores públicos e investidores privados devem atuar para reduzir desigualdades com trabalho e geração de renda para todos. São Paulo hoje é um estado bem melhor para se viver. E um exemplo de gestão pública, honesta e transformadora.