O líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), classificou de injusta a cobrança de impostos no país. Para o tucano, há grandes distorções na política tributária brasileira. A arrecadação de impostos sobre produtos, bens e serviços é um retrocesso, segundo o deputado. “Hoje, grande parte da arrecadação de impostos do Brasil advém de impostos indiretos, cobrados sobre aquilo que consumimos: produtos, bens e serviços. O que faz com que haja uma perversa regressão: quanto mais pobre é a população, maior é a percentagem que paga de impostos”, afirmou nesta terça-feira (4), durante pronunciamento em plenário.
De acordo com ele, a emenda do líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), que zera os impostos dos produtos da cesta básica tenta corrigir o problema. Conforme destacou, a medida aliviaria os gastos para a população de baixa renda. “O fato é que se houvesse esse desgravamento dos impostos dos preços dos alimentos, teríamos um aumento de 11% do valor real do salário mínimo, um crescimento de 8% na renda real das famílias, um aumento da ingestão calórica em todas as faixas de renda. Precisamos desonerar definitivamente os alimentos da cesta básica”, disse.
Mendes Thame ressaltou que a carga tributária média sobre os alimentos industrializados no Brasil chega a 35%. Já as frutas pagam 22% de impostos. O líder da Minoria lembrou ainda que os impostos sobre os alimentos no Brasil são superiores do que em países como Alemanha, França e Reino Unido, cujas rendas per capita são mais elevadas.
O tucano criticou ainda a defasagem da tabela do Imposto de Renda, congelada há 13 anos. No período, o total de tributos pagos pelos trabalhadores aumentou 370%. “Se os valores da tabela tivessem sido corrigidos de acordo com a inflação de 1998 a 2011, uma pessoa com salário base de R$ 4.400 pagaria hoje 44% menos do que paga de Imposto de Renda”, declarou.
Da liderança do PSDB na Câmara