Brasília – A estratégia do PSDB para as eleições municipais deste ano é coesa. Concebida cuidadosamente pelos grandes quadros do partido, tem como objetivo eleger mil prefeitos em todo o Brasil por meio de um discurso unificado, mas adaptado à realidade de cada região.
O número de candidatos será robusto, com representantes em todos os estados. Só nas capitais, há 17 candidatos. Essa consistência no planejamento do PSDB para outubro começou há dois anos.
De acordo com o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), os resultados nas urnas durante o pleito de 2010 são frutos dos bons exemplos de gestão da legenda, o que fortaleceu ainda mais os candidatos para 2012. “A articulação dos municípios é fundamental para o sucesso nas eleições de outubro. Experiências que mostram claramente que essa integração é benéfica para nossa legenda. Baseado nisso, estamos atualizando o cadastro dos filiados com o objetivo de reaproximar os quadros”, observa.
Outra novidade é o aumento da participação de integrantes de três núcleos do partido: mulheres, sindicalistas e jovens. Este último, por exemplo, terá cerca de 500 candidatos.
História
Um ponto extremamente importante no planejamento para atingir a meta da corrida eleitoral é a participação de quadros históricos e representativos da legenda. É o caso de São Paulo, onde José Serra tentará assumir a prefeitura. Um dos fundadores do partido, ex-governador e ex-ministro na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em Manaus, outro nome de peso. Arthur Virgílio já foi prefeito da capital amazonense, deputado federal e senador. “Estou muito animado com essa oportunidade porque, de certa maneira, reflete um anseio da população por uma alternativa diferente da que está na prefeitura atualmente”, pondera.
O partido terá nas eleições de outubro, ainda, Otávio Leite, no Rio de Janeiro; Luiz Paulo Vellozo Lucas, em Vitória (ES); João Castelo, em São Luis (MA); Duarte Nogueira, em Ribeirão Preto (SP); entre outros.
Estratégia
Ao longo dos últimos meses, a legenda tem realizado diversos encontros regionais e locais para traçar a estratégia eleitoral e ouvir as lideranças. Essas reuniões resultaram na concordância de que é necessária a unificação do discurso, especialmente, no que diz respeito ao legado.
O secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), lembra que, apesar da pluralidade de opiniões formar grande parte da riqueza de um partido, é necessário se orgulhar das bandeiras, das conquistas e de tudo foi feito pelos cidadãos.
“O país vive um bom momento atualmente graças às ações estratégias que executamos enquanto estivemos na Presidência da República. Nossos candidatos precisam lembrar ao povo e valorizar os nossas realizações. Temos de falar da criação do Plano Real, da estabilidade econômica que permitiu grandes avanços, do início desses programas sociais e da preocupação constante com a boa gestão”, ressalta Rodrigo de Castro.
Essa opinião é compartilhada pelo cientista político Bolívar Lamounier. Para ele, com candidatos competitivos em centenas de municípios e na maioria das capitais, a legenda terá um grande avanço. Para isso, é indispensável uniformizar o discurso e apresentar-se ao eleitorado com transparência: uma agremiação coesa, competente e responsável. “Como um partido comprometido com a melhoria das condições sociais por meio de políticas adequadas a cada região e a cada município e do desenvolvimento econômico do país. E ao mesmo tempo, um partido avesso ao populismo demagógico, como demonstrou quando esteve no comando do governo federal. O legado do PSDB é indiscutível”, atesta Lamounier.
Do PSDB Nacional
