O deputado federal petista, João Paulo Cunha, é o único réu no processo do mensalão a concorrer nessas eleições. O deputado pleiteia à prefeitura de Osasco.
Embora mantenha agendas de campanha nos bairros de Osasco, Cunha não as divulga à imprensa, bem como evita locais onde sabe que poderá ser submetido a perguntas de jornalistas sobre seu envolvimento no esquema de corrupção, conforme informa matéria do portal Terra.
Se condenado, o ex-presidente da Câmara poderá continuar concorrendo, mas corre o risco, caso eleito, de ser impedido de tomar posse.
O petista é réu no processo do mensalão porque sua mulher sacou R$ 50 mil, na época em que ele era presidente da Câmara, da conta de uma empresa do publicitário Marcos Valério, apontado como operador do esquema. A agência de Valério ganhou uma licitação para prestar serviço à Câmara, na mesma ocasião. Ele responde pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Pelos crimes cometidos, pode ser condenado a 42 anos de prisão.
Relembre o mensalão
Em junho de 2005, foi descoberto que o PT havia montado um esquema de compra de votos na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo de interesse do presidente Lula. Cada deputado custava cerca de 30 mil reais ao mês. Esse recurso era proveniente de dinheiro público, desviado por um esquema criado por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e pelo publicitário e lobista Marcos Valério, sob o comando do então ministro da Casa Civil, José Dirceu. A denúncia foi feita pelo então deputado federal, Roberto Jefferson (PTB).


