Eu não esperava outra coisa: apenas algumas horas depois da reunião do governador Geraldo Alckmin com do ministro José Eduardo Cardozo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, publica um vídeo em que faz críticas ao governo paulista e diz que agora, sim, com a participação do governo federal as coisas serão diferentes em nosso Estado.
Como se aqui, em São Paulo, se situe a situação mais grave por que passa a segurança pública. Nós somos o Estado do país com os menores índices de homicídios do país: 10,1 por 100 mil habitantes. A média nacional é de 23 homicídios por 100 mil. Tivemos nos últimos meses um aumento desse índice para 10,5 por 100 mil, ou seja, um aumento de 5%, daí estarmos no foco da mídia. Ficamos ainda assim com os menores índices do país, e o governo federal e o presidente do PT vem para São Paulo nos dar lições de como enfrentar a criminalidade? E ainda mais, de maneira evidentemente marota, com intuito político/eleitoral na tentativa de desgastar o governo paulista? Não tiveram qualquer ação em qualquer Estado com índices de criminalidade bem superiores, mas fazem uma enorme onda em São Paulo, onde nunca, em tempo algum, deram qualquer contribuição. Aliás o gasto do governo federal com segurança, no país, é cerca de 0,4% do orçamento nacional. Ridículo. E o gasto com “inteligência”, que poderia ser sua maior contribuição, não passa de 0,6% do gasto total da área.
Como o governo federal vai ajudar? Com que? Vão levar presos para as suas penitenciárias de segurança máxima, que nós já temos. Afastar em mais umas centenas de quilômetros os chefes do crime organizado é bom, sim, mas pouco significativo.
Bom seria mesmo se cuidassem de evitar a entrada da droga no país, origem de todos os principais males, inclusive do crime organizado. O resto é demagogia pura, jogo político dos mais baixos, cuja finalidade não é auxiliar no combate ao crime, mas apenas desgastar o nosso governo em São Paulo.
E quando vencermos o surto atual, vão cantar vitória, como se tivessem tido qualquer papel relevante nessa vitória.
