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“É o desafio da minha vida”, diz Caio Matheus

O candidato do PSDB à Prefeitura de Bertioga, Caio Matheus, disse em entrevista ao Jornal A Tribuna que o seu governo será profissional e técnico, baseado em sua formação e experiência.

Leia a entrevista na íntegra:

Jornal: Porque o Sr. será melhor prefeito que seus adversários?

Caio Matheus: A questão não é ser somente diferente, é fazer a diferença. E eu me preparei para este dia. Acumulei experiência ao longo desses 36 anos. Na iniciativa privada fundei minha empresa com 22 anos. Sou formado em Engenharia Civil, pós-graduado em Administração Pública. Somado aos quatro anos no cargo de vereador.

Tudo o que eu mais amo está nessa cidade. Tenho certeza que vou ser o melhor prefeito que Bertioga já teve. É o desafio da minha vida. Não é questão de ser prefeito, tem que ser um gerente de cidade. As coisas não acontecem assim aqui, e sei que serei diferente.

Jornal: Como o Sr. pretende desenvolver o turismo de modo a gerar renda o ano inteiro, tendo em vista que ele hoje é sazonal?

Caio Matheus: Bertioga sofre com ausência de políticas públicas voltadas para o turismo. Precisamos ter um calendário turístico abrangente, cada mês um evento diferente. Bertioga é um gigante adormecido do ponto de vista de potencial turístico. A riqueza, a biodiversidade, três bacias hidrográficas. Bertioga pode ser a capital da pesca. Mas, tem um ponto fundamental: a cidade tem que ser boa para quem mora aqui. E não está.

Jornal: Um grande desafio de Bertioga é a falta de vaga em creches. Como pretende sanar este problema?

Caio Matheus: Hoje Bertioga tem mais de mil crianças esperando vagas em creche. E não foi construída uma creche sequer nesses últimos 5, 6 anos. Recurso tem. São por volta de R$ 70 milhões para a pasta de Educação, para 7.256 alunos. É quase R$ 8 mil por ano para investor em cada estudante.

Bertioga está atrasada, no mínimo, na construção de cinco creches.

Jornal: Dos 47 mil habitantes de Bertioga, 27 mil vivem em favelas, loteamentos clandestinos ou áreas irregulares. Quais são seus planos para esses núcleos habitacionais?

Caio Matheus: É falta de planejamento. Não existe a palavra planejamento no dicionário da atual gestão.

Ficamos por volta de 2,5 anos sem secretário de Habitação e Planejamento. Sendo eleito, em 1 de janeiro tenho que criar um departamento específico para a regularização fundiária. Temos que buscar ferramentas como o Estatuto das Cidades, o Cidade Legal para promover essa regularização.

E precisa ser feito um congelamento de invasão. O problema tem que ser estancado. Quem está em áreas irregulares não vai ficar sem casa. Então, buscar um envolvimento maior com o Governo do Estado afim de trazer programas habitacionais para Bertioga.

Jornal: Em Bertioga há um conjunto habitacional com 126 casas abandonado desde 2004, o Vila Militar. Como e quando pretende articular a resolução desse problema?

Caio Matheus: Não é uma obra municipal, mas na época que a Caixa fez isso, na gestão do Lairton, foi um absurdo a secretaria de Obras ter feito vista grossa.

Uma coisa tão básica de obra, que é saber o nível. Quando chove fica 1,5 metro abaixo d”água. Não tem como resolver aquilo, precisa demolir e fazer de novo.

Jornal: Bertioga não tem Plano Diretor atualizado e o prazo para isso até expirou. Como pretende conduzir essa questão?

Caio Matheus: O Plano Diretor foi feito em 1998. Na época até foi pioneiro. Só que a cidade evoluiu, se transformou e ele não foi atualizado. No meu governo a revisão será um dos carros-chefes.

Ele é um indicador que mostra para onde a cidade deve caminhar. Então, hoje ela está sem rumo. E vou de uma vez por todas fazer o abairramento de Bertioga.

Também precisa ser revisto o Código Tributário Municipal e a reforma administrativa é necessária para ontem, com a revisão do plano de carreira do funcionalismo.

Jornal: Bertioga ainda carece de muitos investimentos em infraestrutura. Quais são seus planos para essa área?

Caio Matheus: Bertioga é um quadro em branco. Tem tudo para ser feito e é uma cidade potencialíssima do ponto de vista financeiro. Na Baixada, é o segundo orçamento per capita, só perde para Cubatão. Quer dizer: Dinheiro tem. O que falta é projeto, envolvimento as esferas estadual e federal na questão de ir atrás de emendas, verbas para micro, macrodrenagem, saneamento, pavimentação.

Não há um departamento específico para a criação de projetos, acompanhamento. Se perde muita verba. É óbivio que aquilo que não foi feito em 21 anos não será feito em 4. Mas, comigo prefeito, haverá uma evolução muito maior no feitio de obras.

Principalmente porque a população quer um prefeito que trabalhe quarto anos, e não quarto meses em véspera de eleição.

Jornal: Há algo mais que ache importante destacar sobre seu plano de governo?

Caio Matheus: Nosso grupo é técnico, vai fazer diferente, para melhor. A gente fez um programa de governo participativo, que nunca tinha sido feito antes.

Trabalho e luto pelas coisas que acredito.

 

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