Ao retornar a Câmara, o deputado Walter Feldman (PSDB-SP) incitou o parlamento a discutir e aprovar mecanismos para criar um sistema eletrônico que permita maior transparência nas contas públicas. “Temos de sair desse sistema repetitivo que, mesmo depois da comprovação dos culpados, ainda espera a subjetividade ou vontade ética e moral dos agentes políticos”, declarou o parlamentar. “Só assim poderíamos ter um estado com estrutura pública protegida dessas vontades”, acrescentou.
Feldman citou como exemplo proposta apresentada na gestão José Serra na prefeitura de São Paulo para licitação de sistemas de blindagem eletrônica das contas públicas. No tempo em que esteve afastado de seu mandato, Feldman assumiu a Secretaria de Sub-prefeituras na gestão José Serra. Defensor do voto aberto nos processos de cassação, o deputado tucano aderiu à Frente Parlamentar pelo fim do voto secreto. A Frente já conta com 180 membros e será instalada nesta quarta-feira (19/04).
Em relação ao pedido de indenização feito pelo advogado do caseiro de R$ 21,7 milhões à Caixa Econômica, o deputado Feldman declarou que esse episódio não se encerra com o pagamento ou não de uma indenização. “A caixa tem poder para pagar esse valor, mas não podemos esquecer que houve uma lesão do Estado. O Estado agiu de maneira criminosa para proteger um ministro que logo em seguida caiu, comprovando assim que houve um crime cometido pelo Governo Lula. Temos que continuar investigando, não podemos passar para sociedade a idéia de que o caseiro ao pedir essa indenização a questão está resolvida, por isso a vinda do ministro Márcio Thomaz Bastos ao Congresso se torna fundamental, ele deve explicações a população”,avaliou Walter Feldman.
