Na última terça-feira, 10 de janeiro, o governador Geraldo Alckmin, pela segunda vez, abriu as portas do Palácio dos Bandeirantes para ouvir reivindicações dos trabalhadores por meio do Núcleo Sindical do PSDB, que levou representantes do setor de hotéis, bares, restaurantes e similares para a reunião, que durou cerca de uma hora e meia. O primeiro encontro, em dezembro, foi com sindicalistas do setor da alimentação.
À mesa, além do governador Geraldo Alckmin, estavam o secretário de Emprego e Relações do Trabalho, Davi Zaia e seu secretário adjunto, Rogério Barreto, Melquíades de Araújo, vice-presidente da Força Sindical e presidente da Federação da Alimentação, Francisco Calazans Lacerda, presidente do SINTHORESP – Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de São Paulo e Região; presidente da FERTHORESP – Federação Regional dos Trabalhadores em Hotéis, Apart Hotéis, Motéis, Flats, Pensões, Hospedarias, Pousadas, Restaurantes, Churrascarias, Cantinas, Pizzarias, Bares, Lanchonetes, Sorveterias, Confeitarias, Docerias, Buffets, Fast Foods e Assemelhados no Estado de São Paulo e vice-presidente da CONTRATUH – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade, Cícero Lourenço Pereira, presidente do SINTHORESSOR – Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Sorocaba e Região e presidente da FETHROTEL – Federação Interestadual dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Hospedagem, de alimentação Preparada e Bebidas a Varejo nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Nobre Lacerda, membro do Núcleo Sindical do PSDB e advogado-chefe do SINTHORESP e Atevaldo Leitão, articulador nacional e coordenador na região metropolitana de SP do Núcleo Sindical do PSDB, além de representantes de sindicatos do setor das regiões de São José dos Campos, Sorocaba, Águas de Lindóia, Campos do Jordão, Presidente Prudente, Santo André, São Bernardo do Campo, São Carlos, Serra Negra, Araraquara e Campinas.
Francisco Calazans parabenizou o governo do Estado pela criação da Lei Anti Fumo, que preserva principalmente a saúde do trabalhador do setor. Ele listou para o governador Alckmin as principais demandas da categoria: qualificação profissional e a CPI das Gorjetas, que teve seu relatório final arquivado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Em ambos os casos, o governador prometeu ajudar.
Em relação à CPI da Gorjetas, o governador prometeu oficiar o MPT para que dê andamento as investigações. Cícero Pereira lembrou que no Rio de Janeiro uma lei foi aprovada, em benefício dos trabalhadores, e está dando bons resultados em relação à incorporação das gorjetas ao salário real do setor. “Vamos estudar a lei carioca e, na medida do que for juridicamente possível, elaborar alternativas que possam, na legislação estadual, beneficiar a categoria”, afirmou o governador. O secretário Davi Zaia lembrou que grande parte da legislação trabalhista é federal, “mas dentro dessa prerrogativa, podemos atuar politicamente, convidando os empresários do setor para acertar ponteiros e mediar acordos que possam beneficiar os trabalhadores”, afirmou. Calazans lembrou que com as gorjetas, o ganho real dos trabalhadores do setor de hotelaria e similares “costumam ser de até 3, 5 vezes o que está registrado em carteira”. “Realmente é grande o prejuízo dos trabalhadores, seja no FGTS, na aposentadoria ou até na hora de comprovar renda para um financiamento”, lembrou Cícero.
Já em relação à qualificação profissional, Alckmin pediu ao secretário Davi Zaia que receba os sindicalistas para identificar quais as regiões do estado que podem receber os cursos de qualificação do Via Rápida em gastronomia, recepção e hotelaria. “Temos recursos e pessoal disponível para montar os cursos”, disse o secretário. O governador lembrou também que o governo do Estado promove cursos de inglês à distância e que isso, com a aproximação da Copa do Mundo e das Olimpíadas, pode ser um diferencial importante para o trabalhador do setor. Alckmin brincou e contou uma divertida parábola sobre o assunto. “O ratinho, ao ser acuado pelo gato, começou a latir. Assustado, o felino foi embora e o ratinho livrou-se de ser devorado. Qual o moral da história?”. O próprio governador respondeu. “No mundo de hoje, quem não fala duas línguas está em maus lençóis”.
Fonte: Sintracon-SP
Fotos: Roberto Gama
