Representantes do Legislativo, Judiciário e Executivo lançaram nesta terça-feira (19) a Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública, que tem o objetivo de formular propostas para melhorar a eficiência da administração pública federal. De acordo com parlamentares tucanos que participaram do evento, a iniciativa é uma reação às denúncias de corrupção, desmandos e desvios de dinheiro no atual governo.
Para a deputada Andreia Zito (RJ), que vai integrar a Comissão da Profissionalização e Meritocracia, a frente servirá de modelo para o país, já que a população está decepcionada com a administração nas três esferas. “O objetivo é justamente poder unir essas forças, buscar novos argumentos, novas atualidades, vários esforços para trabalhar na questão da gestão pública”, disse.
O deputado Vaz de Lima (SP) afirmou que a sociedade não suporta mais a má gestão de seus administradores. Segundo o tucano, é preciso ter competência gerencial para investir os recursos públicos. Ele ressalta ainda a necessidade de adotar um mecanismo de controle para evitar os desmandos. “É preciso fazer uma lei para punir também o corruptor. Pessoa física precisa ir para a cadeia, pessoa jurídica tem que pagar com recurso financeiro ou até com o cancelamento da inscrição. Gestão pública tem que ser vista como algo sagrado”, salientou.
Para o líder da Minoria na Câmara, Antonio Carlos Mendes Thame (SP), a frente precisa aperfeiçoar a legislação e estabelecer limites.
“Ajudar a criar ou aperfeiçoar esse arcabouço jurídico para proteger o erário, para proteger os recursos públicos de delinquentes que não se preocupam em utilizar esses recursos para o bem da população, mais simplesmente para o seu enriquecimento ilícito”, ponderou.
De acordo com o tucano Eduardo Azeredo (MG), o lançamento da frente é uma resposta da população, que não aguenta mais os atos de corrupção. “Que isso possa colocar o Brasil em condição de competitividade com outros países que disputam o mercado global na questão econômica e comercial. E o Brasil não pode continuar com métodos antiquados, como acontece em algumas situações”, argumentou.
O senador tucano Aécio Neves (MG) é o vice-presidente da frente. O deputado Fernando Francischini (PR) integra a Comissão de Segurança.
Do PSDB na Câmara