O governador José Serra apresentou, nesta quinta-feira, 12, o conjunto de medidas de estímulo à atividade econômica do Governo do Estado. O pacote prevê investimentos da ordem de R$ 20,6 bilhões em 2009, que garantirão 858 mil empregos.
“O governo de São Paulo não tem política monetária, cambial, nem mega instituições de crédito, mas está cumprindo sua parte; não para aparecer, mas para cumprir sua obrigação”, disse o governador durante discurso. Ele foi precedido pelo secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.
Serra disse que as medidas apresentadas não têm conotação política, mas social. “Porque a questão básica para a vida de uma família é o emprego. O emprego é a variável chave”, destacou. “Temos que batalhar, especialmente aqui em São Paulo, para que o Brasil volte a ser assim: o país do emprego, o país das oportunidades”, completou.
As medidas podem ser divididas em cinco grandes eixos, sugeriu o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo. São eles: garantias para o investimento público, para o investimento privado, apoio às micro e pequenas empresas, expansão do crédito e geração de emprego. “Essas medidas propiciarão um significativo estimulo à atividade econômica do Estado”, disse o secretário estadual.
Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Geraldo Alckmin, o conjunto de medidas de estímulo à atividade econômica, anunciadas hoje, é um “grande passo do Governo do Estado no combate à crise”.
Crise
“Estamos diante de uma crise de grande impacto. Basta lembrar que a produção industrial no último trimestre, comparativamente ao mesmo trimestre do ano anterior, caiu 6,2%. Esse é um dado sintético que mostra o impacto desta crise. Boa parte desta queda em São Paulo”. Na sequência, Serra disse: “O fato é que estamos diante de uma crise cujo tamanho ainda não se conhece em escala internacional. Não se sabe qual será a perda de riqueza no mundo desenvolvido”.
Serra disse que a crise internacional está no começo e que o governo norte-americano não tem um pacote de medidas consistentes. “Eles não tem sequer um diagnóstico claro a respeito da situação”, comentou, lembrando que tanto a crise atual como a de 1929 começaram nos Estados Unidos. “Temos uma situação muito incerta daqui para diante. O que temos de fazer é trabalhar”, completou.