Por Mônica Bérgamo
As apostas em torno da posição da ministra Cármen Lúcia, do STF, no mensalão dividem advogados dos réus. Alguns dão seu voto como certo. Outros lembram casos em que tudo indicava que ela votaria com o PT –e a ministra surpreendeu, partindo para a condenação.
SURPRESA
O processo mais lembrado é aquele em que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci era acusado de quebrar o sigilo do caseiro Francenildo dos Santos. O STF o inocentou por margem apertada. Cármen Lúcia, tida como favorável, votou contra o ex-ministro.
MÃOS DADAS
José Dirceu diz que ele e Delúbio Soares continuam às mil maravilhas. “Nos encontramos sempre, mantemos o mesmo círculo de amizade.” Ele desmente rumores de divergências substanciais entre a sua defesa no mensalão e a do ex-tesoureiro do PT.
URNA
Um dos pilares da defesa de Dirceu será a declaração de Delúbio, nos autos, de que nunca tratou do esquema com integrantes do governo Lula. “Nossas defesas são convergentes”, diz Dirceu. Delúbio sustenta a tese de que o dinheiro servia para pagar dívidas eleitorais e não para comprar apoio para a administração lulista.