A Justiça federal determinou que a Prefeitura de São Paulo forneça cópias dos documentos que ligam Flávio, filho do deputado Paulo Maluf (PP-SP), a empresas processadas em Jersey sob a acusação de envolvimento em esquema de corrupção.
Os papéis foram pedidos pelo Ministério Público Federal para reforçar a acusação contra Flávio no processo no Brasil em que ele é acusado de lavagem do dinheiro desviado das obras da avenida Jornalista Roberto Marinho.
O objetivo da procuradoria é derrubar a versão de que não há ligação do filho de Maluf com as companhias acusadas em Jersey. A Durant e a Kildare são acusadas de serem ligadas à família Maluf. A prefeitura pede o repatriamento de US$ 22 milhões supostamente desviados.
O procurador da República Sergio Suiama justificou o pedido com base em duas reportagens da Folha.
Uma revelou documentos das empresas rés que indicam que Flávio movimentou dinheiro no exterior. A outra mostrou que a defesa das empresas em Jersey apontou Flávio como diretor da Durant. No Brasil, a defesa nega.
O advogado José Roberto Batochio disse desconhecer a decisão e que Flávio não cometeu crimes. Segundo a assessoria de Maluf, o deputado não é réu em Jersey.