Policiais federais têm um protesto marcado para a manhã desta terça-feira, 21, no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Em greve desde a terça-feira retrasada, 7, os servidores vão entregar panfletos e conversar com passageiros sobre as demandas da categoria, de acordo com o Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf-SP).
Os policiais pedem, entre outras coisas, reestruturação da carreira, reajuste salarial e contratação de novos servidores. As solicitações valem para agentes, papiloscopistas e escrivães.
Estavam previstas para esta semana novas operações-padrão – revistas mais rigorosas que vem causando filas nos aeroportos -, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu a prática na quinta-feira passada, 16. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho considerou a ação lesiva à população e concedeu a liminar a pedido do governo. A multa no caso de descumprimento é de R$ 200 mil por dia para as entidades sindicais, e vale também para representante da Polícia Rodoviária Federal – em greve desde segunda-feira, 20.
Negociações. Na sexta-feira passada, 17, o Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 15,08% ao longo dos próximos três anos para os servidores de mais de 30 categorias em greve em todo o País. A proposta foi aceita por alguns setores, como algumas universidades federais, mas outros, a exemplo da Polícia Federal, não concordaram e decidiram manter a paralisação. Nesta terça-feira, às 13h, o Sindpolf-SP irá realizar nova assembleia em frente à sua sede na capital paulista para deliberar se segue ou não com a greve.
Nessa segunda-feira, 20, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou o corte de ponto de servidores públicos que faltarem ao trabalho por causa da greve.