A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tenta, pela terceira vez, fazer a licitação para a construção da sede de seu campus de Guarulhos. Criado pelo Reuni, plano do governo federal de expansão das universidades, em 2007, o campus de Guarulhos deveria ter seu prédio principal pronto desde 2010. Até agora não saiu do chão.
Os 2,8 mil alunos da graduação, os 200 da pós-graduação e mais 200 professores têm de se virar com 24 salas de aula próprias e 15 salas de um CEU emprestadas pela Prefeitura de Guarulhos. O novo aviso de licitação foi publicado na edição de quinta-feira do Diário Oficial da União.
Diante dos problemas do campus de Guarulhos da Unifesp, o reitor Walter Albertoni descartou o início de novas turmas em 2013. “Pode até fazer processo seletivo agora, mas para entrar mais tarde”, disse Albertoni em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo de 4/9 deste ano. É Albertoni, que assumiu o cargo em 2009, durante a gestão de Haddad no MEC, quem aparece na propaganda eleitoral do petista dizendo que: “O trabalho do ministro Fernando Haddad à frente do Ministério da Educação durante seis anos não deixa dúvida sobre sua competência e capacidade pelos resultados que obteve até agora com a maior expansão do ensino público federal do país”.
Expansão no papel. Desde 2007, os alunos e professores do campus de Guarulhos da Unifesp esperam o edifício principal de 20 mil metros quadrados, com 44 salas de aula, 22 gabinetes de pesquisa, refeitório e biblioteca que deveria ter sido entregue no segundo semestre de 2010.
