Mais uma vez frustraram-se as previsões do governo federal sobre a trajetória de recuperação da economia. Não é a primeira, nem será a última, já que os nossos governantes teimam em querer nos iludir.
O crescimento do PIB no terceiro trimestre desse ano foi de 0,6% sobre o trimestre anterior, metade do que se previa, com a pior retração dos investimentos em mais de três anos, o que mostra que o futuro não é róseo. Além disso, o crescimento no segundo trimestre foi revisado para baixo e ficou em 0,2%. Dessa forma podemos chegar ao final do ano com crescimento anual em torno de 1,5%. A média do biênio 2011/2 será a menor desde o governo Collor.
Estamos crescendo bem menos que os países chamados BRICS, incluindo a África do Sul. Tudo isso mesmo com todos os incentivos dados a vários setores da economia. E a caixinha de mágicas, de resultados a curtíssimo prazo, vai se esgotando.
O Lula, na festa de lançamento do calendário da Pirelli, ao lado da Sofia Loren, foi muito aplaudido por uns beócios ao dizer que “o Brasil não vai desperdiçar o século XXI com fez com o século XX”. É uma batatada depois de outra.
Ou seja, de emergentes só temos o gogó e a fama.