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Táxi, um amigo da cidade

É uma profissão sofrida: de cada dez taxistas da cidade, seis trabalham 12 horas por dia; cinco já foram assaltados e três se envolveram em acidentes com motoboys. Mas de acordo com pesquisa da revista Veja São Paulo, realizada em 2010, 95%, estão felizes na profissão. É que o rendimento mensal, o horário flexível e trabalhar sem chefe representam grandes vantagens.
O táxi faz parte do cenário paulistano. A frota é de quase 35 mil carros para atender a uma parte da população que usa este meio de transporte. Mas a sensação é de que faltam veículos, por conta do trânsito lento, que aumenta o tempo gasto nos trajetos.
Sempre ligados no rádio, e agora também nas redes sociais, são eles cidadãos bem-informados. Por isso, sugestões da categoria são valiosas para o gestor público. Já recebi boas propostas que adotamos na Secretaria das Subprefeituras para melhorar o acesso ao táxi de pessoas com dificuldade de locomoção em Congonhas. Fizemos também as baias de estacionamento debaixo de viadutos em Santo Amaro. Eles me traziam informação de vias que precisavam de pavimentação, recapeamento e tapa-buracos. Outras medidas ainda podem ser tomadas.
Portarias que afetam as rotinas e o rendimento do motorista precisam ser debatidas com seus representantes para evitar equívocos. Os táxis comuns e o Rádio Táxi, a primeira cooperativa criada há 38 anos, tiveram que mudar a identidade visual dos carros na tentativa de padronização dos veículos. A Prefeitura voltou atrás, mas sempre há risco de nova investida a cada mudança de gestão.

Um serviço de táxi eficiente é alternativa para melhorar a mobilidade urbana. Ganham todos. Especialmente diante da deficiência de vagas de estacionamento na capital que atrai o maior volume de turismo de negócios do país. Nada justifica atormentar o pessoal com exigências ultrapassadas pela tecnologia, como, em plena era do GPS, trabalhar com o guia de ruas dos últimos três anos.

O táxi integra o sistema de transporte urbano paulista. O taxi é um amigo da cidade.

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