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William Dib defende internação compulsória de usuários de drogas pelo governo de SP

William Dib, deputado federal (PSDB-SP)

O deputado William Dib (SP) defendeu a iniciativa do governo de São Paulo de internar compulsoriamente dependentes de drogas. Segundo ele, a medida é extremamente importante e eficaz.

Para Dib, a ação está no caminho certo, pois o usuário de crack não tem o discernimento do que é certo ou errado. “Eles não têm condições de responder civilmente e nem sobre o aspecto do tratamento. Quando se imaginou a internação de livre arbítrio, não se conhecia esse tipo de droga”, afirmou.

A medida sancionada pelo governador Geraldo Alckmin tem o apoio do Tribunal de Justiça de São Paulo, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Uma equipe de saúde, ao abordar o usuário de crack, fará uma avaliação médica no paciente. Se for confirmado que a pessoa perdeu o domínio físico e psicológico, um juiz determina a internação compulsória.

Na opinião do deputado, a medida vai reduzir os índices de violência. “Com certeza vai ser um grande avanço na prevenção da violência e de todos os aspectos que a droga acaba envolvendo”, concluiu.

O Relatório Brasileiro sobre Drogas, publicado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) informa que o uso de entorpecentes é um dos maiores problemas de saúde pública enfrentados no Brasil. Dados do levantamento revelam que, na região Sudeste, 24,5% das pessoas já fizeram uso de algum tipo de droga em algum momento da vida. No Nordeste, o percentual é de 27,6%.

O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, disse em entrevista ao “Correio Braziliense” que é louvável a ação do estado de proteger a saúde dos dependentes químicos que moram na rua. ”Considero uma excelente conduta do governo prestar assistência a essa população, com protocolos definidos e uma rede de atendimento adequada e baseada em achados científicos. Desrespeito aos direitos humanos, na minha opinião, é ver essas pessoas morrendo e não fazer nada em nome do direito à liberdade, quando um bem maior, que é a vida, está em risco”, argumentou.

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