Que o Brasil vive uma crise de falta de governabilidade não há novidade alguma. Afinal, o PT, partido que está no poder há dez anos, se especializou em administrar o país conforme os interesses da companheirada, sempre com o objetivo final de se perpetuar no poder. Neste instante, mais uma prova de que Dilma procura governar o país para o lado que o vento bate. E qualquer administrador que se preze sabe que este é um caminho perigoso.
Vejam por exemplo toda essa falácia em torno dos descontos nas contas de energia elétrica, que podem não ser viabilizados a partir do momento em que o país, acreditem, vive uma nova crise no abastecimento, depois de vários apagões que ocorreram nas mais diversas regiões do Brasil ao longo dos últimos anos. Não existe hoje um plano nacional para garantir o fornecimento de energia, sem riscos de um grande blecaute. Assim, sem qualquer planejamento, a toque de caixa, o Ministério das Minas e Energia, tentando apagar incêndios, precisa de novo recorrer às usinas termoelétricas, que têm um custo maior que as hidroelétricas.
Na semana passada, em mais uma prova de que o PT governa para o PT, o novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que foi ministro de Lula e de Dilma, disse que a União pratica juros abusivos em relação aos municípios. Ora, até o ano passado, quando o PT não administrava a Capital eles não tinham essa visão, agora a coisa mudou. Da mesma forma, Dilma, tentando segurar os índices inflacionários, pediu ao seu prefeito que não reajuste as tarifas do transporte público por enquanto. Que se danem as planilhas de custos apresentadas pelas empresas. Neste caso, fica uma dúvida: quem arcará com o ônus da defasagem? O Município? A União? Felizmente, neste caso, a população – por ora – não será penalizada.
Já em Guarulhos, município vizinho à Capital, a presidente não teve o cuidado de pedir ao prefeito de seu partido para que não reajustasse as tarifas do transporte. E elas acabaram sendo majoradas em 10%, um índice maior que a inflação do período, sob a justificativa de que os empresários do setor estavam pressionando a administração pelo reajuste. Mais uma prova de que o PT administra conforme suas conveniências do momento.
Desta forma, também em Guarulhos, a Prefeitura aplica neste momento um grande golpe contra a população, respaldada pelas mentiras propagadas ao longo da campanha eleitoral do ano passado. Depois de enganar os eleitores, o prefeito reeleito se sentiu à vontade para aumentar, de forma irresponsável, o valor do IPTU dos imóveis, penalizando principalmente a população de baixa renda, que vive nos bairros mais distantes.
Nos últimos 18 anos a Prefeitura não se preocupou com a atualização cadastral dos imóveis . Quando decidiu realizar o procedimento o fez de forma irresponsável e sem a utilização dos recursos técnicos adequados. Da mesma forma, o atual governo se omitiu com relação atualização da planta genérica de valores, base para a cobrança do IPTU. Hoje, os contribuintes pagam a fatura da negligência de um governo que trabalha em prol de um partido.
