A partir da semana que vem, com a volta dos trabalhos do Congresso, senadores e deputados serão pressionados pelo governo federal para votar o projeto do Orçamento da União para 2013. As lideranças dos partidos de oposição, entretanto, já descartaram a possibilidade de acordo para aprovar o texto em votação simbólica, como quer o Palácio do Planalto.
“O governo que mobilize a sua base na Câmara e no Senado para aprovar o Orçamento”, disse o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). O senador tucano disse ainda que os partidos aliados têm número suficiente de parlamentares em suas fileiras para aprovar o que quiserem no Congresso, e, portanto, não podem alegar que a falta de votação da lei orçamentária é culpa da oposição.
“O problema é que não existe consenso entre os governistas e eles querem jogar a culpa na oposição, que não tem número para barrar qualquer votação”, afirmou Alvaro Dias, lembrando que apesar de defender a urgência da votação, o governo executou menos de 25% do Orçamento de 2012. “Este é um governo que mal executa o orçamento, pois em 2012, de 90 bilhões para investimentos, empenhou cerca de 60 e pagou pouco mais de 19. Ou seja, este governo elabora mal, articula com incompetência a base aliada na busca do consenso e quando atrasa sua aprovação usa como pretexto a oposição. Isso é desonesto”, conclui o senador tucano.
Em seu blog na internet, o senador Alvaro Dias voltou a defender mudanças na Comissão de Orçamento e na forma como é votada a lei orçamentária do País. “Por tantas conhecidas desde o escândalo dos Anões do Orçamento, tenho defendido a extinção da Comissão de Orçamento, que não eliminou os vícios identificados à época pela CPI. A lei orçamentária tramitaria pelas comissões técnicas das duas Casas até sua aprovação final numa comissão de sistematização. Essa distribuição de responsabilidade, certamente, ofereceria maior segurança em relação à necessária correção dos procedimentos”, afirmou o senador do PSDB do Paraná.
Da Liderança do PSDB no Senado
