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Suspeitas de fraudes na transposição do São Francisco preocupam tucanos

Os problemas nas obras de transposição do São Francisco são proporcionais ao tamanho do rio. Em março do ano passado, integrantes do PSDB visitaram a região e denunciaram atrasos e superfaturamentos do principal projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PSC). Dois meses após, o Ministério da Integração Nacional iniciou um relatório, enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) apontando indícios de fraude em cinco dos 14 lotes. As irregularidades, no entanto, só foram admitidas pela pasta agora.

O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) fez parte da caravana tucana. “O prejuízo é incalculável. É muito claro que esse é um projeto do governo que está servindo para o mal feito, trazendo descrença ao povo daquelas regiões e afastando os empresários que investiram acreditando no discurso da gestão do PT”, destaca.

Ele ressalta que, além do atraso e do superfaturamento, muito do que já foi feito está se perdendo pela falta de continuidade das construções. O projeto, inicialmente orçado em R$ 4,6 bilhões, já ultrapassa a marca de R$ 8,2 bilhões. A previsão de conclusão também foi alterada. A transposição deveria ter sido concluída em 2012, mas somente 43% do total está pronto.

“Nenhum desses problemas surpreende. Nós, do PSDB, trouxemos isso às claras há muito tempo e sabemos que trechos inteiros precisarão ser refeitos, além do aumento absurdo em relação ao orçamento inicial previsto. Esse é o jeito petista de governar”, afirma o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF).

De acordo com nota publicada na edição de segunda-feira (13) do Painel, do jornal Folha de S. Paulo, algumas empreiteiras contratadas tentaram receber por serviços não realizados, “incluindo desde escavações até a retirada de pedras de locais onde não havia canteiros”. Apesar disso, ainda não existe uma estimativa do prejuízo causado aos cofres públicos.

O governo confirma os problemas nos cinco lotes, mas insiste em permanecer calado, sem prestar qualquer esclarecimento à população. Segundo o jornal, o ministério só vai se pronunciar quando receber as defesas das empresas. Isso só deve ocorrer daqui a 15 dias.

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