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Sampaio cobra fim do 14º e 15º salários e do voto secreto em entrevista

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), participou na última quinta-feira, 21, do programa “Jogo do Poder”, da Rede CNT, apresentado pelo jornalista José Marcelo Santos. O deputado destacou o fim do 14º e 15º salários dos parlamentares e do voto secreto em votações no Congresso. O PSDB abraçou essas bandeiras de maneira firme neste início de ano e deseja levá-las com rapidez para votação em plenário.

Sampaio falou ainda sobre a atuação da bancada tucana em 2013, a decisão sobre a perda de mandato de deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, a situação dos presídios e a reforma do Código Penal. Confira os principais momentos da entrevista:

Fim do 14º e 15º salários e do voto Secreto
O tucano afirmou que a Câmara precisa se reencontrar com a sociedade e a melhor maneira é ter como prioridade assuntos que de fato sejam prioritários para o povo brasileiro. “O 14º e o 15º salários são exemplos. Não há justificativa nem explicação. É uma coisa indefensável. É por isso que o PSDB já começou o ano defendendo assuntos como esse e que inclusive são em defesa do próprio Parlamento, de sua imagem”, disse.

Outro ponto considerado primordial pelo tucano é o fim do voto secreto nas votações do Congresso. Segundo ele, a sociedade precisa saber como seus representantes estão se posicionando diante das matérias apreciadas no Legislativo.

Oposição e Congresso X Planalto
Sampaio respondeu questionamentos sobre a relação do PSDB com o Planalto e do Congresso com o governo. Segundo ele, o partido e toda a oposição atuam de forma responsável. A relação com o Executivo é de respeito e não de submissão, como funciona a relação da base aliada. “O PSDB não tem essa postura. O partido faz uma oposição, mas de quem ama o país. Sempre que as matérias são de interesse nacional, nos posicionamos favoravelmente. Não fazemos uma oposição por oposição, como todos reconhecem que o PT fez”, disse.

O tucano alertou que DEM e PPS estarão ainda mais unidos com o PSDB em busca de soluções para os problemas nacionais e para defender bandeiras em sintonia com os anseios sociais. A proposta do partido para o ano é de um enfrentamento mais vigoroso. De acordo com ele, algumas situações no Congresso são inaceitáveis e só se configuraram devido à submissão da base aliada ao governo, como a questão dos mais de 3 mil vetos nunca apreciados.

Mensalão
Sampaio se disse satisfeito com o resultado do julgamento e defendeu a cassação dos mandatos de deputados condenados pelo STF por participação no esquema. Ele lembra que, de acordo com a Constituição, é o Supremo quem dá a última palavra em casos como esse, portanto a decisão de cassação é incontestável e a Câmara terá que cumprir o que foi determinado.

Presídios
O líder destacou que a CPI dos Presídios, da qual fez parte em 2007, serviu para fazer uma aproximação entre União e estados. É importante, de acordo com ele, que, além de ampliar o sistema com a construção de novos presídios, seja lembrado que o preso sairá da cadeia e precisa passar por uma recuperação enquanto está lá dentro.  “O governo tem uma secretaria que cuida especificamente desse tópico, mas tem muita dificuldade de fazer convênios com os estados para construção de novas unidades prisionais. Muitas vezes faltou vontade do Planalto, em outros momentos os estados erraram”, ressaltou.

Reforma do Código Penal e reforma política
O tucano avalia que são temas polêmicos e dividem opiniões. O melhor caminho, segundo ele, é a Câmara utilizar as propostas apresentadas por grandes juristas no Senado e fazer um aperfeiçoamento, uma análise global do novo Código Penal. Apesar de o assunto não ser tão lembrado no colégio de líderes, Sampaio afirma que será defendido por ele. Já a reforma política poderá mudar importantes aspectos se abordar mudanças que vão ao encontro, por exemplo, de temas como financiamento público das campanhas e fim das coligações proporcionais.

Desafios
Sampaio disse ainda que o PSDB tem pela frente o desafio de fazer de 2013 o ano das grandes discussões em preparação para a disputa presidencial do ano seguinte. “É hora de buscarmos metas que atinjam os interesses da sociedade”, disse. Outro desafio importante que o tucano acredita ser responsabilidade de todos os parlamentares é o do resgate da credibilidade do Congresso. “O Parlamento não vai conseguir mudar sua imagem com uma belíssima agência de publicidade ou excelentes meios de comunicação. Vai mudar sua imagem apenas se mudar de postura. Estamos dispostos a usar a Liderança do PSDB para começarmos a fazer isso: promover um reencontro das vontades da sociedade com as do Parlamento e o fim do 14º e do 15º salários são exemplos disso”, resumiu.

Confira trechos da entrevista:

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