Uma das características mais marcantes de um sistema fascista, que tanto mal já fez a humanidade nos países onde foi implantado, é a ausência da pluralidade de ideias e pensamentos. De forma vil, o partido que comemora 10 anos de poder absoluto no Brasil caminha a passos largos para fazer desta nação um samba de uma nota só. Na semana passada, o PT patrocinou uma série de eventos que ilustram bem como se constrói uma ditadura.
Primeiro, militantes desse partido que tem grandes ditadores como maiores expoentes – Fidel Castro, Hugo Chaves, Mahmoud Ahmadinejad, entre outros – tentaram de todas as formas possíveis, inclusive se utilizando de prerrogativas oficiais, calar a voz da dissidente cubana Yoani Sánchez em visita ao Brasil. Em um flagrante ataque de intolerância, grupelhos tentaram desqualificar a jornalista e filósofa cubana, que se levantou contra o regime de Fidel Castro. Felizmente, graças ao estado democrático que ainda vivemos, ela pode se expressar livremente em nosso país, inclusive nos visitando no Congresso Nacional.
Porém, os ataques a Yoani mais uma vez confirmam que o PT quer de todas as formas implantar no Brasil o totalitarismo, tentando impedir que vozes estranhas a essa cartilha já esgotada sejam ouvidas. Um amplo projeto de censura, travestido de controle social da mídia, segue em curso nos bastidores do poder, como forma de calar os veículos de comunicação que ainda buscam a liberdade de expressão.
O pano de fundo de todo esse movimento não é outro que não seja o plano do PT de perpetuação no poder. Tanto que o ex-presidente Lula, em seu discurso na festa do partido, que teve entre as principais estrelas os mensaleiros condenados à prisão José Dirceu e José Genoíno, bradou em alto e bom som que ninguém vai tirá-los do poder, menosprezando a Oposição, em uma resposta ao senador Aécio Neves (PSDB) que, horas antes, em discurso no Senado, demonstrou, a partir de fatos concretos, os 13 maiores erros destes 10 anos de PT no poder.
Não dá para admitir que Lula, em uma postura ditatorial, diga que já elegeu dois postes, numa menção desrespeitosa à presidente Dilma e ao prefeito paulistano Fernando Haddad, e que pode colocar quantos postes quiser em todo o país. Ficou marcada a frase de que “de poste em poste vamos iluminar todo o Brasil”. É lamentável ouvir o presidente do apagão, que deixou de investir em setores estratégicos da economia, falar em luzes. Justamente ele, um homem que se apossou do plano de recuperação do país, implantado por Fernando Henrique Cardoso, para se fingir de todo-poderoso. O Brasil não é fascista. O Brasil não é do PT.