Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado na próxima sexta-feira (8), o Congresso Nacional realiza uma série de ações. Foi montada a exposição “Somos mulheres e políticas, nós podemos: reforma política e empoderamento político e econômico”, com declarações de todas as deputadas sobre os desafios femininos. Além de sessão solene, ocorreu a votação de projetos definidos como prioritários pela bancada feminina. Deputadas tucanas destacaram a importância do papel da mulher na política.
Na exposição, Bruna Furlan (SP) lembrou a conquista alcançada pelas brasileiras quando ganharam o direito de votar nas eleições nacionais. “Em 2012 completou 80 anos em que a mulher conquistou seu espaço na política. Temos muito o que comemorar, mas ainda há muito por fazer. Sensibilidade, firmeza e muita luta por um Brasil com mais justiça social”, apontou.
Com o voto feminino, a mulher conseguiu extrapolar possibilidades que antes eram vistas como inalcançáveis, destacou na exposição Mara Gabrilli (SP). “Das lideranças de bairro à atuação no Congresso, provamos ser capazes de combinar virtudes como força e sensibilidade na gestão de nossas vidas e de nosso país”, ressaltou. “Cuidamos da educação dos nossos filhos, integramos o mercado de trabalho, somos chefes de família, fazemos política e, ainda, lutamos pelo fim da violência contra nós”, completou a deputada Andreia Zito (RJ).
Há anos as mulheres brasileiras tentam conquistar espaço, ter maior participação na política e igualdade de condições no mercado de trabalho. A década de 90 foi considerada favorável às mulheres em relação à participação política no mundo. Houve um aumento no percentual de presença feminina nos cargos políticos, mas ainda é preciso avançar nesse quesito.
A sessão do Congresso teve o objetivo ainda de agraciar as vencedoras do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz, e lançar a Procuradoria da Mulher no Senado Federal. O prêmio destaca cinco mulheres com atuação em áreas como assistência social, direitos femininos, saúde e educação. A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), a educadora Adélia Moreira Pessoa, as ativistas Amabília Vilaronga de Pinho Almeida e Telma Dias Ayres e a missionária Luzia Santiago receberam o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz.
O diploma leva o nome de uma das pioneiras na defesa dos direitos da mulher no Brasil. Nascida em 1894 e defensora do voto feminino, Bertha Lutz foi deputada federal, quando lutou pelos direitos trabalhistas da mulher e do menor. Bióloga de profissão, formada pela Sorbonne, trabalhou como pesquisadora do Museu Nacional por mais de 40 anos. Faleceu em 1976.
Propostas sobre direitos da mulher estão em pauta na Câmara nesta semana. Ampliação da licença-maternidade de 120 para 180 dias; violência contra a mulher e mercado de trabalho são algumas das matérias consideradas prioritárias. Ontem, foi aprovado projeto de lei 60/99, da deputada Iara Bernardi (PT-SP), que determina o atendimento imediato e multidisciplinar das vítimas de violência sexual, inclusive quanto aos aspectos psicológicos.
Do Portal do PSDB na Câmara