Início Bancada Estagnação do IDH é resultado de má gestão petista, diz tucano

Estagnação do IDH é resultado de má gestão petista, diz tucano

Brasília – Mais uma vez, o Brasil sai na desvantagem no ranking de países em desenvolvimento quando se trata de crescimento. Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (14) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), apesar do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ter registrado continuidade de crescimento na primeira metade do governo Dilma Rousseff, o ritmo de avanço foi mais lento se comparado a quase todos os países da América do Sul e dos Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O país aparece ainda na 85ª posição em um ranking de 187 nações, com um índice de 0,73, sendo que o máximo é 1. A pesquisa também revela que desde 2010, último ano da gestão do ex-presidente Lula, o IDH brasileiro cresceu aproximadamente 0,5%, em comparação com os 1,4% da China e 1,2% da Índia e África do Sul. Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da minoria na Câmara, a quase estagnação é um espelho do desgoverno demonstrado pelo PT nos últimos dez anos. “É o resultado de uma má gestão, que não consegue investimento em áreas importantes como saúde, saneamento e educação. Os indicadores nessa área são os piores possíveis, com o Brasil não conseguindo chegar nem à 100ª posição no ranking de universidades do mundo”, exemplifica.

Apesar da estagnação dos últimos anos, o país ainda apresenta resultados positivos, mas apenas quando se leva em consideração o longo prazo. Entre 1990 e 2012, o crescimento do índice chegou a 23,7%, o melhor desempenho entre os países da América do Sul, perdendo apenas para a Guiana, com 26,6%.

Leitão acredita que esses dados derrubam a tese petista de que o Brasil foi construído em seus dez anos de governo, já que o período compreende diversas administrações, incluindo a gestão FHC. Em seu relatório, a Organização das Nações Unidas (ONU) chega a considerar que o início da transformação brasileira para um “Estado desenvolvimentista” começou em 1994, “quando o governo implementou reformas macroeconômicas para controlar a hiperinflação, com o Plano Real, e concluiu a liberalização do comércio, que começou em 1988, com a redução de tarifas e o fim de restrições comerciais”.

“Esse é o discurso do PT sempre, de que inventou a roda, inventou o Brasil. De fato, com dez anos de mandato do PT, os resultados são os piores possíveis no Produto Interno Bruto (PIB), no desenvolvimento econômico, no próprio IDH. A falta de logística e de planejamento compromete o crescimento. Se não mudar a fórmula, a tendência é piorar”, completa.

O parlamentar critica também o açodamento do governo na hora de admitir erros: faz um comparativo entre a administração de Dilma Rousseff e a Fórmula 1. “A gestão do PT está engessada pelo aparelhamento e empreguismo. Ao invés de promover o acesso ao serviço publico de qualidade, é uma gestão comprometida com a ilegalidade e com a ineficiência. Com isso, enquanto alguns países emergentes, com muito menos potência, estão crescendo a 180 quilômetros por hora, o Brasil cresce também, mas a 20″, compara.

Saiba mais:
IDH
 – Considerado um dos índices mais acurados para se medir o grau socioeconômico de uma nação, o IDH é calculado a partir de três variáveis: saúde, medida pelo indicador de expectativa de vida; acesso à educação, medido pela média de anos de estudo em adultos e anos de escolaridade esperados para crianças; e renda, calculada a partir da média per capita. Quanto mais próximo de 1, melhor avaliado é o desenvolvimento do país.

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