A Petrobrás sempre foi um orgulho para o Brasil. A demonstração de nossa capacidade de construir o nosso futuro.
Não é fácil destruí-la, mas com um pouco de esforço, dá. Os governos petistas vêm fazendo o possível e, se a sociedade não reagir, eles serão vitoriosos.
Como estão fazendo? Em primeiro lugar é colocar uma diretoria e um conselho de administração bem afinados com o partido dominante, o PT, e distribuir alguns espaços para os aliados, sem muita preocupação com a melhor escolha sob o ponto de vista da capacidade de gerir a empresa. Em seguida fazer o mesmo com a agência controladora, a Agência Nacional do Petróleo, de preferência colocando na presidência algum ferrenho nacionalista que tenha se contraposto, com unhas e dentes, à quebra do monopólio da empresa. Essas duas condições foram cumpridas.
A partir daí, é colocar mãos à obra. Dificultar as licitações das áreas a serem exploradas, inclusive utilizando instituições não governamentais para, com ações judiciais, no mínimo, retardar o início das operações. Estabelecer regras que possam dificultar o acesso de concorrentes ou fazê-los desistir como, por exemplo, impor mínimos inexequíveis de conteúdo nacional para os equipamentos e máquinas que deverão ser usados. Buscar parcerias com países vizinhos, como com a Venezuela, que nunca serão concretizadas, para construir as refinarias necessárias. Enfim eu poderia citar dezenas de ações de verdadeira sabotagem. Mas a maior é submeter, incondicionalmente, por ambições políticas, a empresa aos interesses eleitorais do detentor do cargo presidencial. Basta o governo federal determinar, como o faz, o preço dos produtos vendidos pela empresa, em função de seus interesses como, por exemplo, o combate à inflação, que não há empresa que resista.
Para que não ficasse só nisso e insatisfeito o governo com o sucesso da empresa durante os dez anos de mudança do modelo monopolista para o de competição e concessão, o governo impõe ao Congresso uma Medida Provisória para derrubar a lei anterior que nasceu de proposta de projeto de lei do executivo, em 1996, discutida intensamente no Congresso e na sociedade. Nessa MP, engolida por uma maioria subserviente, inepta e antipatriótica, obriga-se a Petrobrás a participar de todos os consórcios, com 30% do capital, e a ser a monopolista da operação do processo de exploração.
Resultado: essa grande empresa que cresceu enormemente, em dez anos dobrou a produção, triplicou as reservas, multiplicou por mais de dez os investimentos, passou a ter receitas mirabolantes de 25 bilhões por ano, veio de 2% de participação no PIB da indústria para 10%, hoje está em grande dificuldades para cumprir suas metas e seus compromissos.
Por isso fiquei feliz em ver e participar, ontem, na Câmara dos Deputados, de um ato que coloca o PSDB em pé, em pé de guerra, contra a destruição da Petrobrás. E contra esse partido que, como a saúva, quer acabar com o país.