Início Bancada Alvaro Dias: erros de Mantega colocam em risco credibilidade do Brasil

Alvaro Dias: erros de Mantega colocam em risco credibilidade do Brasil

Senador Alvaro Dias (PSDB-PR)

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) questionou nesta quinta-feira (21) em audiência pública conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Infraestrutura (CI), os números apresentados pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega.  O tucano se disse preocupado com as previsões equivocadas, otimistas em excesso, que prejudicam a imagem do Brasil no exterior.

No balanço que apresentou aos parlamentares, Mantega afirmou que há um crescimento gradual da economia, que há um aumento de investimento no setor público – federal, estadual e municipal – e que a política de desoneração do governo Dilma Rousseff se estenderá até 2014, quando alcançará uma redução de R$ 55 bilhões. Em 2012, a desoneração totalizou R$ 42 bilhões. Neste ano, a previsão é de R$ 50 bilhões.

Ao comentar a afirmação do ministro da Fazenda segundo o qual o PIB (Produto Interno Bruto) trimestral começou a dar sinais de melhora no segundo semestre de 2012, Alvaro Dias afirmou que o governo do PT, mais uma vez, tenta vender ilusões: “Um governo deve ser honesto com a população. A bola de cristal continua quebrada ou, na melhor das hipóteses, continua mascarada.”

O parlamentar do PSDB lembrou que Mantega estimou o PIB de 2011 em 5,5%, mas o resultado foi 2,73%. Mesmo engano ocorreu em 2012: o ministro o calculou entre 4,5% e 5%, e o resultado foi 0,87%. “Previsões equivocadas acabam sendo desonestas, comprometem decisões do setor. Não sabemos o que é pior: incompetência ou mentira deliberada.”

Em resposta ao senador Humberto Costa (PT/PE), que atribuiu a alta da inflação à oposição, Alvaro Dias disse que as previsões do ministro Mantega sempre frustram.

Ele lembrou a mágica contábil feita para escamotear as finanças no final do ano passado, como antecipação de pagamento de dividendos, vendas de receitas para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), triangulação entre Tesouro Nacional, BNDES e Petrobras, desconto das despesas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e postergação de despesas.

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