A taxa de desemprego no país alcançou 10,4% em fevereiro deste ano. É o que mostra a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). A análise foi feita nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e no Distrito Federal. Segundo a pesquisa, o total de desempregados foi estimado em 2,311 milhões de pessoas, 82 mil a mais do que em janeiro. Já a população economicamente ativa fica em 22,163 milhões.
Para o deputado federal Carlos Roberto (PSDB-SP), integrante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, a gestão petista vive à base da propaganda enganosa, promovendo-se em cima de ações que não trazem resultados. “O governo do PT trabalha a curto prazo, só pensa em eleição. Dessa forma, não priorizam a gestão, só querem saber de imediatismos”, critica. “Enquanto isso, a realidade não está sendo cara com a população. Não há medidas efetivas para promover uma situação econômica melhor, ou pelo menos estável. Com um Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9% não podemos esperar muito, não há milagre, e isto está começando a aparecer”, avaliou.
Na comparação entre setores, a área que mais demitiu foi a indústria de transformação, com menos 2,2% trabalhadores, e da construção civil, com 2,3%, seguida por serviços, comércio e reparação de veículos. Roberto salienta que a atual situação econômica, que provoca o desaquecimento do mercado e o aumento no número de demissões, será amplamente debatida pelo PSDB em 2014. “Pretendemos discutir isso exaustivamente no debate eleitoral, para que a população brasileira saiba efetivamente a diferença entre o que é propaganda do governo e o que é real. No governo FHC, lutamos muito para estabilizar a moeda e promover um aumento real na renda do brasileiro”, reitera.
Carlos Roberto destaca ainda que a atual “angústia da propaganda e dos resultados pífios” se deve à falta da criação de oportunidades para o desenvolvimento do país. “Precisamos de um crescimento sustentável, que possa gerar emprego e renda. De outra forma, lamentavelmente, vamos sofrer as consequências disso em longo e médio prazo”, prevê.