Michel Temer, vice presidente da República, declarou: “Uma coisa é a macroeconomia. Outra é a economia do cotidiano. PIB e Pibinho não interessam ao povo. Ele quer saber de emprego e se vai poder comprar um frango e um liquidificador.”
Vejam um “verdadeiro” estadista. Ele não é qualquer um. É o vice da Dilma. Chegou lá sem muitos “méritos”, a não ser a esperteza e a dissimulação. Foi líder da bancada federal do PMDB quando eu era deputado federal e eu fui um dos culpados por ele ter obtido a liderança. É uma das muitas culpas que estou expiando.
Michel não se preocupa com a baixo crescimento da economia, isto é, com o baixo nível da produção de riquezas do país, que se traduz no Produto Interno Bruto (PIB). Se ainda assim, com baixo crescimento, o povo, pelo menos momentaneamente – e ele espera que assim seja até as eleições de 2014 – tem um emprego e pode comprar um frango e um liquidificador, então tudo bem. Se o baixo crescimento para o futuro do país é um desastre – às favas o futuro. O que interessa é o poder, agora.
Baixa produção, hoje, será emprego a menos amanhã. Será menos salário, menos capacidade de compra, menos frango e menos liquidificador. O povo, infelizmente, só sente o momento que vive. Não tem a percepção do que vai ocorrer no futuro. Compreende-se que, a nível das grandes parcelas da população, assim seja. O que não é aceitável é que o vice presidente da República se expresse dessa forma. É uma absoluta falta de compostura. E um crime contra o país.