Presidenciável criticou paralisação por parte da União nas obras do metrô
Marcos Brandão
Acompanhado do atual governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, candidato à reeleição, e do ex-governador Aécio Neves, candidato ao Senado, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, foi recebido com uma enorme festa, nesta segunda-feira, durante a abertura do Comitê Central da coligação “Somos Minas Gerais”, em Belo Horizonte. Os candidatos chegaram ao local e foram cercados por uma multidão formada por militantes e lideranças políticas, com bandeiras, faixas e gritos de apoio. Eles fizeram uma caminhada e conversaram com eleitores e militantes.
“Essa é uma mobilização grande, alegre, uma campanha conjunta, que vamos fazer com muito empenho, muito espírito leve. E que há de nos levar, se Deus quiser, à vitória. Exige que a gente venha aqui com muita frequência e faço isso com especial satisfação. Faço muito à vontade, porque gosto muito de Minas, e porque tenho aqui amigos da nossa campanha, da nossa disputa, o Aécio e o Anastasia, muito próximos. Quero dizer o seguinte: eu, presidente da República, vou ser um presidente amigo de Minas”, disse Serra.
PARALISAÇÃO DO METRÔ DA CAPITAL
Durante visita a Belo Horizonte, José Serra voltou a criticar a paralisação de obras importantes para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) que são de responsabilidade do Governo Federal, em especial, o metrô da capital. A última expansão do sistema aconteceu em 2002, ainda na gestão de Fernando Henrique Cardoso, quando José Serra era ministro do Planejamento. Desde então, nenhum quilômetro a mais de trilhos foi construído no metrô de Belo Horizonte.
“Belo Horizonte precisa ter o seu metrô ampliado. Havia uma proposta do Aécio Neves, combinando ação do governo do Estado, da prefeitura, do governo federal e da iniciativa privada. Isso não andou. O metrô aqui é federal. É uma questão fundamental para a população e para a Copa também”, cobrou José Serra.
Tentando solucionar a paralisia dos investimentos federais no metrô da capital, o então governador Aécio Neves, em 2008, esteve em Brasília propondo a implantação de uma Parceria Público-Privada (PPP). O objetivo era dividir a gestão do metrô para tanto o Governo do Estado, a Prefeitura de Belo Horizonte e a iniciativa privada pudessem atender as demandas da população em relação ao metrô.
Em 2009, Aécio Neves voltou a se reunir com representantes da União em Brasília para tratar do metrô de Belo Horizonte. Acompanhado do prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda, o governador apresentou novamente a proposta de PPP, que seria viabilizada com investimentos, até 2013, de R$ 3,4 bilhões, divididos entre a União, Estado, prefeitura e iniciativa privada. Até o momento, o Governo Federal não respondeu à proposta do Governo de Minas.