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Carlos Sampaio critica falta de liderança de Dilma na condução da reforma política

Carlos Sampaio, Líder do PSDB na Câmara

Em entrevista à TV 45, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), criticou a falta de liderança da presidente Dilma na votação de uma reforma política no Congresso. Apesar de contar com maioria esmagadora, com mais de 420 deputados aliados na Câmara, a petista nem sequer se envolveu com o assunto.

Resultado: a polêmica proposta apresentada pelo relator, Henrique Fontana (PT-RS), que abrangia temas como financiamento público de campanha e fim das coligações proporcionais, recebeu críticas de vários partidos e não será votada. Houve apenas uma tentativa de apreciação da coincidência de mandatos eletivos e marcação das datas de posses. Mas a maioria do plenário aprovou nesta noite a retirada da proposta da pauta. Para Sampaio, isso não é uma reforma, mas apenas um “penduricalho”.

Como lembra o tucano, as grandes reformas do país tiveram envolvimento pessoal dos presidentes – caso de FHC na reforma administrativa e na primeira reforma da Previdência – e de Lula em outra grande mudança envolvendo o INSS. “A presidente Dilma sequer falou sobre reforma política. Chegamos a um ponto em que o relator da reforma política fez uma proposta e o líder do PT na Câmara votou contra. Nem mesmo o partido conversou. Aí é muito ruim”, condenou o tucano, que comandou nesta terça reunião da bancada para debater o assunto.

O parlamentar diz que o PSDB espera uma reforma política pra valer, e não apenas um arremedo. Sampaio se posicionou contrariamente à coincidência da data das eleições, pois avalia que o atual sistema, com eleições a cada dois anos, representa um “momento de aferição do regime democrático”. Atualmente prefeitos e governadores, por exemplo, são escolhidos em anos diferentes.

Da tribuna, o líder da Minoria na Câmara, Nilson Leitão (MT), também criticou a omissão da presidente Dilma na questão. “Eu fico indignado com a omissão da Presidência da República em relação à reforma política. Não há liderança da atual presidente a respeito dessa mudança importante para o país. O assunto vem se arrastando há 10 anos e não consegue ser aprovado”, criticou. “É impressionante. Quando se quer votar nesta Casa a criação de ministérios, de cargos ou de impostos, algo de interesse do Planalto a presidente faz todos os esforços possíveis”, acrescentou.

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