A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitou, nesta quarta-feira (08), por 12 votos a 6, o PLS 145/2011, de autoria do líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP), que institui o voto distrital nas cidades com mais de 200 mil eleitores. O líder tucano anunciou que vai recorrer ao Plenário do Senado para ampliar o debate do projeto. “A adoção do voto distrital é tão importante, que gostaria de levar a matéria à discussão no plenário do Senado. É um tema ao qual continuarei me dedicando”, afirmou.
Mesmo quem votou contra, como o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), reconheceu que o voto distrital é um assunto tão importante que merece discussão mais aprofundada no Plenário. Aloysio Nunes tem cinco dias, após publicada a decisão da CCJ, para recorrer.
Aloysio recebeu apoio de senadores do PSDB, como Alvaro Dias (PR), e de outros partidos, como o relator do projeto, Pedro Taques (PDT/MT), cujo relatório foi pela aprovação; Pedro Simon (PMDB/RS) e Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), que deu “nota dez” ao projeto.
Ao defender sua tese na CCJ, o líder do PSDB argumentou: “O sistema distrital, se for adotado, vai mudar a elaboração dos partidos, que se enraizarão nas localidades. Hoje eu não tenho um vereador no bairro em que moro, por exemplo. Isto deve mudar”. Outro argumento do parlamentar tucano foi que sua proposta tem o mérito de baratear as eleições. “Trabalharemos com menos recursos e mais perto do cidadão”, ressaltou.
Aloysio Nunes enfatizou, ainda, que vereador é mandato de proximidade, que exprime vínculos locais. E insistiu: “Quanto mais avança a globalização, mais se valoriza o local. Nada impede que um vereador cuide ao mesmo tempo de questões locais e dos sistemas gerais”.
Do Blog da Liderança do PSDB no Senado
