A reportagem de capa da revista Épocadesta semana (11/05) traz um quadro preocupante da situação das obras de infraestrutura do país.
Intitulada “Por que tudo atrasa no Brasil”, a matéria lista problemas como projetos apressados e malfeitos, burocracia emperrada, demora nas licitações e corrupção como fatores determinantes para a má fama brasileira.
Para o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), o governo petista fala muito e faz pouco: “Faz o país perder competitividade e oportunidade de expansão para novos mercados”.
Na sua opinião, falta de foco e planejamento. “Obras importantes não saem do papel e aumentam a cada dia o Custo País. O atraso é o retrato do Brasil”, lamentou.
A revista Época define o Brasil como “o país em que nenhuma obra – da reforma do banheiro aos estádios da Copa – fica pronta no prazo e no orçamento”.
Cita ainda uma lista de empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que executou apenas 47,8% das obras previstas.
“Se nem as obras do PAC, com a cobrança férrea da presidente, são entregues no prazo, o que dizer das outras?”, questiona a reportagem, lembrando que o programa foi o carro chefe da campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
“Isso é consequência da ineficiência da gestão petista, da total ausência de firmeza que gera um ambiente de grande insegurança jurídica”, avaliou Duarte Nogueira.
O tucano acredita que a situação se agrava por conta “da ocupação do Estado por indicações políticas, sem base nas competências e meritocracia”.
“Pessoas são colocadas em cargos estratégicos apenas para fazer coro aos caprichos do governo. É o poder pelo poder, sem os resultados para a sociedade”, apontou.
A reportagem ainda ironiza a cultura do atraso com uma declaração do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, um dos responsáveis pelas obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas:
“O atraso é um de nossos problemas civilizatórios, faz parte de nossa cultura. Até reunião ministerial atrasa no Brasil”, disse.
Segundo a revista, o ministro fala “com conhecimento de causa”.