Será reaberto hoje (quinta-feira, 30/05) em São Paulo o Museu da Diversidade. Instalado em uma sala na estação República do Metrô, o espaço é o primeiro Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual do país e o terceiro do mundo.
Há iniciativas semelhantes em Berlim, na Alemanha, e em São Francisco, nos Estados Unidos.
A proposta é preservar o patrimônio cultural da comunidade LGBT brasileira com a coleta, organização e disponibilização pública de referências do tema, como fotos, vídeos, depoimentos, expressões artísticas. É uma maneira importante de mostrar a luta pela igualdade, contra o preconceito.
Assim, o Centro será, também, um instrumento para sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de respeito às escolhas, inclusive a sexual.
A ideia, que concebi quando secretário de Cultura do Governo do Estado, se concretiza agora pelas mãos do governador Geraldo Alckmin, que assinou na semana passada o Decreto de instalação do museu.
É um presente à cidade, ao país e a sua memória. Um presente para as milhões de pessoas que lotarão a Av. Paulista na Parada da Diversidade no domingo.
Todo o registro da história é uma contribuição à sociedade e aos que fazem e assistem a trajetória de um povo e de um momento que, no transcurso cronológico do tempo, pode durar anos. No Brasil, essa história já leva séculos.
É o que mostra o Museu da Diversidade com a exposição de cartas do período colonial enviadas a Portugal relatando os hábitos e costumes indígenas que desconheciam o preconceito já naquela época, há mais de 500 anos. Lá podemos ver, também, como a ditadura militar reprimiu a livre escolha e expressão de comportamento.
Um centro para mostrar a evolução dos costumes e impedir o retrocesso do preconceito, que é hediondo! Elaborado para todos e não apenas para ativistas, é um espaço onde não ha lugar para o prejulgamento.
Cosmopolita, como São Paulo.


