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Alvaro Dias diz que protestos e vaias pelo País representam a condenação do sistema e o clamor por mudanças

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), essas conexões precisam ser esclarecidas

O senador Alvaro Dias (PSDB/PR) apoiou as manifestações pacíficas e disse, na sessão plenária desta segunda-feira (17/06), que a onda de protestos em várias cidades do País e as vaias à presidente da República demonstram a insatisfação do povo brasileiro com os rumos da política e da economia e a necessidade de mudança. “É evidente que essas manifestações não têm por objetivo apenas protestar contra o aumento da passagem de ônibus. Há muito mais por trás dessa revolta dos jovens brasileiros. A vaia que a presidente Dilma recebeu, no Estádio Mané Garrincha, no último sábado, não foi, como dizem, uma vaia das elites. Foi uma vaia espontânea, uma manifestação de indignação popular que explodiu. O que está acontecendo é o começo de um movimento de protesto, que deseja mudança de tudo. O que está sendo vaiado é o sistema”, disse o senador.

Alvaro Dias destacou a repercussão internacional dos protestos e disse que, com o gancho do aumento das tarifas, os jovens estão se manifestando contra tudo o que eles condenam: “Pergunte aos jovens e eles dirão que estão revoltados com tudo que têm que aceitar, principalmente com o que é imposto pelo Estado e pela sociedade mercadológica. Os jovens de hoje querem uma sociedade mais solidária. Eles não são de partidos políticos, não estão engajados na política, não são jovens abandonados pelos pais. São jovens abandonados pelo sistema. Estão revoltados com os governantes, com o sistema bancário, com o sistema educacional, com o sistema de saúde, com o custo dos transportes, com a segurança; e agora estão revoltados com os policiais. É, sem dúvida, o protesto contra um Parlamento incapaz, é o protesto contra uma oposição minoritária e impotente num sistema de desequilíbrio brutal. Nós temos que, humildemente, entender que essas manifestações se dirigem a todos nós: às instituições públicas brasileiras, aos partidos políticos, aos políticos de forma geral, aos três Poderes, porque o Brasil não caminha bem”, frisou.

Segundo o senador, hoje de cada cinco jovens que se formam em cursos superiores, quatro não conseguem emprego na área, sendo obrigados a se submeterem a empregos de pequena remuneração. Mas, para Alvaro Dias, a mola mestra das manifestações e das vaias é o sentimento de indignação diante dos escândalos de corrupção que ocorrem no Brasil.

“Esses jovens não pretendem só a cidadania, com o mero direito ao consumo e seus deveres e obrigações para com as leis. Na verdade há uma insatisfação latente contra o sistema vigente no País: o sistema da promiscuidade política, o sistema da desonestidade, que estabelece um processo de barganha entre poderes da República e que limita a capacidade de investir do Estado brasileiro em setores essenciais, como a saúde, como a educação, como o transporte, como segurança pública e infraestrutura. E nós queremos manifestar a nossa concordância com as manifestações pacíficas, democráticas e civilizadas. É possível a realização de movimentos jovens pelas ruas do País sem violência, e nós não queremos, nessa hora, identificar responsáveis pela violência que vem ocorrendo, até porque não teríamos condições de identificar com correção, e certamente cometeríamos injustiças. Temos que condenar a violência de parte a parte. O que nós estamos verificando nessas manifestações de rua é o encontro do povo com o Brasil real. Há um confronto do Brasil ficção, plantado pelo marketing oficial, inteligente, sofisticado e caro, e a realidade vivida pelos brasileiros. Esse é o confronto atual. O Brasil real vai preponderar sobre o Brasil da ficção, ou nós vamos continuar alimentando a ilusão de que vivemos num paraíso e não temos problemas?”, finalizou.

Da assessoria do senador

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