Início Bancada Presidente mantém máquina pesada em detrimento dos interesses da sociedade, reprova Macris

Presidente mantém máquina pesada em detrimento dos interesses da sociedade, reprova Macris

Vanderlei Macris, deputado federal (PSDB-SP)

Com a ideia fixa de fazer um plebiscito sobre a reforma política, a presidente Dilma Rousseff esqueceu aquela que seria uma das melhores respostas às manifestações: reduzir o tamanho da máquina pública, sobretudo do número de ministérios e de cargos comissionados. Na primeira reunião ministerial do ano, a presidente disse que “não fará demagogia para cortar gastos.” Ou seja, a máquina administrativa continuará inchada com os 39 ministros intactos, e, por outro lado, a vida da população segue sem melhorias.

O deputado Vanderlei Macris (SP) esperava da reunião um envolvimento maior dos ministros com a presidente na busca de respostas à sociedade. “O que se esperava era envolver os ministérios em uma grande tarefa de responder às demandas da população que foi às ruas reivindicar o uso do dinheiro público com mais responsabilidade”, reiterou. “Essa responsabilidade mostrou-se fora de cogitação por parte da presidente, já que a mesma manterá toda a estrutura pesada, que consome boa fatia de recursos que poderiam ser investidos em áreas essenciais”, criticou.

O que se vê com essa atitude da presidente é que a preocupação em reduzir gastos é inexistente. O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, afirmou nessa segunda-feira (1º) que cortaria pela metade o número de ministérios e dos mais de 25 mil cargos públicos comissionados se estivesse no lugar da petista.

Macris lamenta a falta de compromisso de Dilma com a sociedade. De acordo com o deputado, a população tinha uma expectativa grande com a reunião, que, na sua avaliação, virou apenas um “oficiozinho” sem comprometimento algum, já que, na ocasião, a presidente anunciou o envio ao Congresso de mensagem sugerindo plebiscito sobre reforma política. Para ele, a presidente se perdeu e quer desviar o foco com essa consulta popular.

“Mais uma vez a presidente vai na direção contrária do que espera a sociedade. Tenta, com uma cortina de fumaça, encobrir sua incapacidade de gestão, que está demonstrada, mais uma vez, por essa atitude tomada sem consequência positiva para o Estado:  manter a estrutura pesada sendo bancada pelo imposto do contribuinte”, ressaltou o tucano.

Encontro não deu em nada

→ Durante a reunião, a presidente reiterou ser preciso aumentar investimentos em mobilidade urbana, saúde e educação, mas disse que não fará demagogia para cortar gastos públicos e não apresentou nenhuma proposta concreta para reduzir despesas. A presidente também reafirmou a permanência da equipe econômica. Resumindo: a reunião acabou em pizza.

→ O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já anunciou medidas para reduzir despesas. O governador fará um corte de custeio da ordem de R$ 350 milhões e extinguiu uma das 26 secretarias.

→ A presidente se recusou a comentar quedas nas pesquisas. “Eu nunca comentei pesquisa, nem em cima, nem embaixo. É um retrato do momento e a gente tem de respeitar”, disse ontem ao ser questionada sobre as quedas de 27 pontos porcentuais de popularidade e de 21 pontos na intenção de voto, medidas pelo Datafolha no fim de semana.

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