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Racha escancarado na base aliada deveria servir para Planalto repensar prioridades, diz tucano

Deputado Mendes Thame (PSDB-SP)

O governo da presidente Dilma Rousseff vive um péssimo momento no Congresso com o racha dos partidos “aliados”. A aliança PT-PMDB está em franca crise, por exemplo. O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), declarou que a coalizão está “estraçalhada”. Segundo ele, “o governo finge que tem base e a base finge que é governo”. Na última semana, a base aliada impôs uma derrota ao Planalto durante a votação do projeto de lei que destina os royalties do petróleo à educação e à saúde.

Na avaliação do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), os partidos aliados usam os rachas para aumentar o poder de barganha. “Esses rachas são usados para aumentar o poder de barganha e tudo fica por isso mesmo. Quando aumentam as reivindicações, o que faz o governo? Aumenta o número de ministérios, contempla mais partidos aliados com atividades que não são as melhores para o país. E com isso nós chegamos ao recorde de quase 40 ministérios”, declarou nesta segunda-feira (15). “Está na hora de mudar, de ter mais responsabilidade e colocar em primeiro lugar a melhora na condição de vida da maior parte da população brasileira”, acrescentou.

Após a derrota na votação dos royalties do petróleo, o líder do PT na Casa, José Guimarães (CE), ameaçou retaliar os partidos que não seguiram a orientação do governo com a perda de cargos na estrutura do Executivo. “Quero discutir quem é base e quem não é, quem tem cargo no governo e quem não tem”, afirmou na ocasião.

Para Mendes Thame, a declaração causou estranheza e deve ser apurada. “O que nós vimos com o líder do PT ameaçando tirar os bônus dos deputados da base de apoio ao governo foi surpreendente. Ele disse que quem apoia o governo não pode ter só bônus, tem bônus e ônus. Por isso haveria retaliação. Isso é muito grave. Quais são esses bônus? São vantagens devidas ou indevidas? Tudo isso nós temos que apurar”, ressaltou.

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