A Comissão de Seguridade Social e Família debate, nesta quinta-feira (15), a negativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fazer o registro da lenalidomida, substância utilizada no tratamento de pacientes com mieloma múltiplo. O debate foi proposto pelos deputados Fernando Francischini (PR) e William Dib (SP).
O mieloma múltiplo é um câncer na medula óssea que atinge milhares de pessoas em todo o mundo. Essa doença ainda é incurável, mas o seu portador pode ter uma qualidade de vida melhor se controlada por fármacos.
Segundo os parlamentares, o medicamento atualmente utilizado no Brasil para o controle da doença é a talidomida, cujo uso é alvo de várias críticas, em especial quanto aos efeitos colaterais provocados no paciente. A lenalidomida, já utilizada nos Estados Unidos, União Européia e Suíça em casos de mieloma múltiplo, teria se mostrado mais eficaz, segundo os deputados.
Para justificar a negativa, a Anvisa esclareceu que o estudo clínico apresentado pela indústria farmacêutica “comparava o produto com tratamento envolvendo o uso de placebo, e não de outro com igual indicação terapêutica já existente no mercado brasileiro desde 2005. Também não foi apresentado um Plano de Riscos consistente para o medicamento, considerando que seus efeitos são semelhantes aos da talidomida (risco de má formação fetal)”.
O debate será realizado à 9h30, no Plenário 07.
(Da Agência Câmara e do portal do PSDB na Câmara)