A Comissão de Ética Pública da Presidência da República pedirá informações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para decidir sobre pedido de investigação protocolado pelo PSDB no último dia 27. Segundo a decisão anunciada nesta segunda-feira (9), o petista terá dez dias para prestar esclarecimentos sobre sua conduta na investigação de suposta denúncia de cartel em São Paulo. Em audiência pública semana passada, o comportamento de Cardozo foi colocado em xeque por deputados do PSDB.
“O ministro da Justiça pode ter praticado improbidade administrativa ao ter usado o seu cargo para a realização de investigações seletivas com o fim de perseguir adversários políticos, ao mesmo tempo em que deixou de tomar providências que lhe eram exigidas para investigar os ilícitos cometidos por seus subordinados”, aponta trecho do documento assinado pelos líderes tucanos na Câmara do PSDB na Câmara e no Senado, Carlos Sampaio (SP) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), respectivamente.
O documento pede a abertura de investigação contra o ministro Cardozo e a aplicação de sanções, entre elas, a recomendação de sua demissão. Baseia-se no fato de o ministro não ter cumprido sua obrigação legal de investigar o suposto uso político do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), vinculado ao seu ministério e presidido por um militante petista – Vinícius Carvalho. Também no dia 27, Sampaio pediu investigação à Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a postura de Cardozo.
