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PSDB protocola requerimento contra Tuma e Carvalho

O Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), protocolou nesta terça requerimentos para a realização de audiência pública com o ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr, e de convocação do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Os requerimentos também são assinados pelo presidente da comissão, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) e pelo Líder da Minoria, Nilson Leitão (PSDB-MT). Na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, requerimento de convite a Tuma Jr foi protocolado pelos deputados Vanderlei Macris e Vaz de Lima, ambos do PSDB de São Paulo.

Tuma Jr será convidado a se manifestar sobre a entrevista que concedeu à revista Veja e demais afirmações contidas no livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” e para apresentar os documentos que considerar pertinentes. Na entrevista, Tuma Jr disse também que Carvalho teria dito que os recursos desviados na Prefeitura de Santo André eram enviados a José Dirceu e destinados a ajudar o partido nas eleições. A convocação de Carvalho é para que o ministro preste esclarecimentos sobre isso.

De acordo com Sampaio, a audiência pública é necessária para que Tuma Jr, que ocupou um cargo de alta relevância na gestão Lula e que lhe garantia o acesso a informações sigilosas, possa detalhar os procedimentos adotados pelo governo petista com o intuito de desgastar e prejudicar adversários políticos.

“As informações tornadas públicas até agora confirmam a existência de uma fábrica de dossiês com dados falsos, gerenciada pelo PT e com o uso de órgãos públicos, para perseguir adversários. Temos denunciado isso há tempos. São dados relevantes trazidos a público por alguém de dentro do governo, uma testemunha ocular dessa prática rasteira do PT”, afirmou Sampaio.

Cade
O Líder do PSDB também protocolou nesta terça nova representação junto à Comissão de Ética Pública da Presidência da República solicitando que seja recomendada a demissão do presidente do Cade, Vinícius Carvalho, por sua vinculação político-partidária, vedada pela legislação.

De acordo com reportagem trazida pela imprensa, Carvalho pretendia o reconhecimento retroativo de sua desfiliação do PT a 16 de maio de 2008 – data em que afirma ter comunicado sua decisão ao Diretório Municipal do partido. A Justiça Eleitoral barrou a manobra e, segundo a juíza Rosângela Maria Telles, da 252.a zona eleitoral de São Paulo, o fato de Carvalho ter notificado apenas o partido não lhe confere a desfiliação no âmbito da Justiça.

“Essa tentativa de desfiliação retroativa é mais uma prova de que o presidente do Cade omitiu deliberadamente sua vinculação partidária porque tinha plena consciência de que agiu ao largo da legislação. É, na verdade, uma confissão de culpa. Em nosso entendimento, Carvalho já deveria ter sido afastado do cargo há tempos e agora há mais um argumento irrefutável: de acordo com a Justiça Eleitoral ele continua filiado ao PT”, afirmou.

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