Um mapeamento sobre o perfil dos estudantes matriculados nos 23 Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) existentes no Estado revelou que a maioria entre os frequentadores (34%) estava afastada havia 11 anos das escolas.
O levantamento foi feito com 70 mil alunos que já frequentam uma das 23 unidades do CEEJA e mostra ainda que a maioria é mulher (60%), tem entre 30 e 50 anos (42%) e possui emprego formal (43%).
Quanto à vida familiar, a pesquisa revela ainda que 45% dos entrevistados são casados; 44% deles têm entre 1 a 2 filhos e quase metade dos alunos disse receber por mês entre 1 a 2 salários mínimos.
Flexibilidade
Os centros são voltados para alunos maiores de 18 anos que querem voltar à sala de aula ou por não terem tido acesso à escolarização na idade certa ou por terem interrompido os estudos. As inscrições para o CEEJA estão abertas durante todo o ano. Basta comparecer a qualquer unidade com RG e realizar o cadastro.
O diferencial do CEEJA é que ele proporciona horários flexíveis para estudantes que trabalham e não podem frequentar a escola regular, por exemplo. O aluno recebe o material de ensino no ato da matrícula e é orientado a criar um plano de estudos. Sempre que sentir necessidade, pode recorrer ao centro para tirar dúvidas presenciais com professores que ficam à disposição na unidade e ainda tem a possibilidade de marcar as provas de cada disciplina, conforme data em que for melhor para ele.
A estrutura didático-pedagógica diferenciada vai ao encontro do perfil traçado pela Educação. Entre os estudantes, 47% deles disseram ter abandonado a escola para trabalhar e metade alega a falta de tempo a maior dificuldade para seguir os estudos. Por outro lado, novas oportunidades para quem tem diploma é, segundo 27%, o principal motivo que os levaram a concluir a educação básica.
Além do CEEJA, a Educação também oferta a Educação de Jovens e Adultos (EJA) presenciais nas escolas estaduais de todo o Estado.